Quando se fala na Vila de Maringá, dá para se referir no singular ou no plural. Isso porque esse destino pacato fica bem na divisa dos estados do Rio de Janeiro e Minas Gerais: embora funcione na prática como uma coisa só, o povoado tem um pé em cada estado, então tecnicamente são “duas Maringás”: uma pertence a Itatiaia (RJ) e, a outra, a Bocaina de Minas (MG). E ambas são cortadas pelo Rio Preto, com uma ponte marcando a “fronteira” na chamada Rua do Meio.

Um destino muito procurado pelas paisagens fascinantes e pelo clima da Serra da Mantiqueira, as Maringás do Rio e de Minas são uma ótima opção para quem busca um refúgio próximo da natureza. Com alternativas gastronômicas de sobra para uma esticada romântica, também é um clássico programa de final de semana para casais.

Alternativa bucólica e romântica

A vila de Maringá fica a 1,2 mil metros de altitude, compartilhando das paisagens e clima característicos do Parque Nacional do Itatiaia – aliás, o Pico das Agulhas Negras é bem próximo, e vale estender o passeio até lá caso sua ideia seja aproveitar essa parte da natureza local.

De modo geral, Maringá tem se consolidado como o povoado com a melhor infraestrutura turística de Visconde de Mauá, contando com várias opções de pousadas, restaurantes e lojas que vendem produtos regionais típicos.

Rio Preto corta Maringá ao meio e marca a divisa entre Minas e Rio de JaneiroBrigiti Bandini/CC BY-SA 4.0/Wikimedia Commons

Um programa infalível é percorrer a Alameda Gastronômica Tia Sofia, passeio clássico pelo coração de Maringá – no lado mineiro – e com várias paradas para apreciar um bom chocolate quente, uma fondue ou um vinhozinho. Épocas mais frias, é claro, são quando o lugar fica fervilhando de visitantes querendo curtir a serra.

Já em períodos de temperatura mais elevada, o que mais atrai são as opções fora da área “urbana” da vila: a região de Visconde de Mauá é pródiga em cachoeiras e piscinas naturais, boa parte delas localizadas a algumas centenas de metros ou poucos quilômetros da área onde costumam ficar os hotéis e pousadas.

Onde ficar e comer

Perto do centrinho, um dos hotéis mais clássicos do pedaço é o Bühler, que tem uma área de lazer completíssima com piscina aquecida, bar, sauna, ducha de água natural, casa na árvore, quadras de esportes, parquinho, casinha de boneca, sala de cinema, sinuca, ping pong… Perfeito para ir com a família inteira. E você pode andar até o centrinho, onde ficam os restaurantes. Uma opção é o Bistrô das Meninas, que também é livraria e padaria.

Outra pousada que encanta pelo cuidado no paisagismo e os chalés muito aconchegantes é a Jardins do Passaredo, onde há estufas com bromélias e orquídeas.

Já no alto do Vale do Pavão, entre Mauá e Maringá, vale reservar o menu degustação do Babel, que bem escondidinho. Outro clássico do pedaço é o Rosmarinus, na Estrada Mauá/Maromba.

Como chegar

Maringá é uma das três vilas que ficam na região conhecida como Visconde de Mauá – além dela, há a própria Mauá e a Maromba – que, por sua vez, faz parte do município de Resende, no Rio de Janeiro.

É tanto nome que muita gente acaba se confundindo pelo caminho, então o ideal é se familiarizar com a rota antes de pegar a estrada. Partindo do centro de Resende, são 45 km de viagem: é preciso sair da cidade pela BR-116 e, em seguida, pegar a direita rumo à RJ-163, a estrada sinuosa que leva até o centrinho de Visconde de Mauá. Uma vez lá, pega-se o trevo da RJ-151 para fazer os cerca de 7 km finais até Maringá.

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