Vegetal pouco conhecido pode ajudar a diminuir o açúcar no sangue

Manter uma alimentação equilibrada é essencial para preservar a saúde e prevenir doenças crônicas, como a diabetes tipo 2. Entre os alimentos que podem contribuir para esse controle está o maxixe (Cucumis anguria), vegetal da mesma família do pepino, da abóbora e do melão.

Pouco valorizado em algumas regiões do Brasil, o alimento tem ganhado atenção por seus potenciais efeitos positivos no organismo, incluindo a regulação dos níveis de açúcar no sangue.

Por que é importante controlar o açúcar no sangue?

O excesso de açúcar no sangue pode causar sintomas como cansaço, sede intensa e visão embaçada.
Ficar com os níveis desregulados por muito tempo favorece o surgimento de problemas mais graves, como a diabetes.
Na diabetes tipo 2, o corpo até produz insulina, mas as células passam a não responder bem ao hormônio, o que faz com que a glicose se acumule no sangue em vez de ser usada como fonte de energia.
O alto índice de açúcar no sangue também pode aumentar o risco de complicações cardíacas, renais e oculares.

O maxixe é rico em fibras alimentares que retardam a absorção dos carboidratos durante a digestão, ajudando a evitar picos de glicose no sangue. Além disso, possui baixo índice glicêmico e poucas calorias.

“As fibras presentes no maxixe promovem um aumento mais gradual da glicose no sangue. Isso o torna uma ótima opção para pessoas com diabetes ou que buscam manter a saúde metabólica em dia”, afirma a nutricionista Vanessa Costa, que atende em São Paulo.

Outros benefícios do maxixe

Além do potencial efeito na glicemia, o maxixe oferece outros benefícios importantes à saúde. Ele contém compostos com ação anti-inflamatória, vitamina C, fibras e minerais como cálcio e magnésio.

“O primeiro benefício é a ação anti-inflamatória, que ajuda a reduzir processos inflamatórios no organismo, especialmente nas articulações”, diz o nutricionista Fernando Castro, que atua em Brasília.

O vegetal fortalece o sistema imunológico por conter vitamina C, essencial para manter nossas defesas ativas.

O consumo regular do maxixe também favorece o funcionamento do intestino e pode contribuir para a saúde dos ossos. “Por ser fonte de fibras, auxilia na digestão e na prevenção da constipação. Já o cálcio e o magnésio participam da manutenção da densidade óssea”, explica Fernando.

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Para preservar esses nutrientes, a forma de preparo faz diferença. Refogar ou cozinhar o maxixe no vapor são os métodos mais indicados.

“Preparações muito longas ou com muita água tendem a reduzir o valor nutricional do alimento. Refogar com azeite e alho é uma opção prática e saborosa”, sugere o nutricionista.

Cuidados e contraindicações

Apesar dos benefícios, o consumo do maxixe exige atenção em casos específicos. Pessoas com alergia a vegetais da mesma família, como pepino e melão, devem ter cautela.

“Em alguns casos, como em dietas para insuficiência renal, é importante considerar o teor de potássio do maxixe. Por isso, o ideal é conversar com um nutricionista para ajustar o consumo ao perfil individual”, alerta Vanessa.

Fernando complementa explicando que o excesso de fibras pode não ser bem tolerado por quem sofre de problemas intestinais, como a síndrome do intestino irritável. “Nessas situações, o consumo deve ser moderado, especialmente durante crises”, esclarece.

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