A Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou a apreensão imediata de um produto falsificado vendido como Repelex Spray Citronela. Comercializado em sites de compras, o repelente irregular não possui registro sanitário e apresenta falhas graves na rotulagem, como ausência de número de lote, validade e informações do fabricante.
Segundo a agência, o produto circula com embalagem laranja e sem nenhuma comprovação de composição ou eficácia, sendo classificado como item de origem desconhecida. Por isso, além da retirada de circulação, foi também exigida sua inutilização.
Repelentes de uso tópico são considerados produtos de risco moderado e, por isso, precisam atender a exigências sanitárias específicas, sendo registrados como cosméticos ou saneantes. Quando não seguem essas normas, além de ilegais, podem representar um risco real à saúde da população.
Entre os principais problemas associados ao uso de repelentes falsificados estão reações alérgicas, irritações na pele, intoxicações e a principal consequência: a ausência de proteção contra o Aedes aegypti, mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya.
Diante do aumento expressivo dos casos de dengue no país, foram mais de 1 milhão em 2024, com 408 mil confirmações apenas até fevereiro, o alerta sobre produtos irregulares se torna ainda mais urgente. A recomendação da Anvisa é utilizar apenas repelentes autorizados, com registro válido e vendidos em canais confiáveis.
Conheça os riscos de usar repelente falsificado! Foto: FreePik
Além do uso correto de repelentes, a prevenção continua sendo essencial para combater o mosquito: eliminar focos de água parada, tampar reservatórios e usar telas de proteção são atitudes simples que fazem toda a diferença na redução da proliferação do Aedes aegypti.
Perigos do repelente falsificado
Reações alérgicas: Substâncias desconhecidas podem causar vermelhidão, coceira, ardência e irritações na pele.
Intoxicação: Ingredientes tóxicos, em concentrações erradas ou proibidas, oferecem risco de envenenamento, especialmente em crianças.
Falha na proteção: A ausência de ingredientes ativos comprovados compromete a eficácia contra o mosquito Aedes aegypti.
Agravamento de doenças: Sem proteção adequada, aumenta o risco de contrair dengue, zika e chikungunya.
Sem rastreabilidade: Produtos sem lote, validade ou fabricante dificultam a identificação de problemas e responsabilização em caso de danos à saúde.
Armazenamento inadequado: Como não seguem regras sanitárias, esses produtos podem estar contaminados ou vencidos, mesmo sem indicação no rótulo.
Resumo:
A Anvisa apreendeu um repelente falsificado vendido na internet, sem registro sanitário e sem comprovação de eficácia. O uso de produtos clandestinos pode causar reações graves e não protege contra doenças como dengue, zika e chikungunya.