Esta semana tivemos a notícia de que o Sistema Solar está recebendo um novo visitante: o cometa C/2025 N1 (ATLAS) – apenas o terceiro objeto interestelar confirmado em toda a história da observação espacial (por isso também chamado de 3I/ATLAS).
Ele foi detectado oito anos depois do misterioso ‘Oumuamua, cujo nome, segundo a NASA, significa “um mensageiro de longe que chega primeiro”, em havaiano. Esse objeto agitou a comunidade científica quando surgiu em 2017, levantando suspeitas até de que pudesse ser uma espaçonave alienígena, devido ao formato e movimento incomuns, à aceleração inesperada e à falta de uma cauda que pudesse caracterizá-lo como cometa.
Além desses dois, também passou por aqui o cometa Borisov, descoberto em 2019.
O Olhar Espacial desta sexta-feira (04) recebe o astrônomo Felipe de Almeida Fernandes, autor de um estudo publicado em 2018 que afastou a hipótese de que o objeto 1I/’Oumuamua fosse uma nave alienígena. Ele vai explicar o que torna esse corpo celeste tão especial e quais as evidências de que não se tratava de uma nave alienígena visitando o Sistema Solar.
E, claro, o programa também vai abordar as últimas novidades sobre o terceiro “forasteiro” descoberto nas nossas redondezas. Além disso, nosso convidado vai falar sobre o S-PLUS, um grupo de colaboração internacional do qual ele faz parte, que pretende mapear 9.300 graus quadrados do céu do Hemisfério Sul.
O projeto foi fundado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG/USP), onde está sediado, pelo Observatório Nacional, pela Universidade Federal de Sergipe (UFS) e pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Também há contribuições práticas e financeiras de outras instituições brasileiras, do Chile e da Espanha.
Fernandes é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP). Graduado e doutorado em Astronomia pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), realizou pós-doutorado no IAG/USP, incluindo um estágio de pesquisa no NOIRLab (EUA) e uma passagem adicional pelo Observatório do Valongo (UFRJ).
Com grande dedicação à divulgação científica, é um dos fundadores do canal Astrotubers, colaborador do programa Ad Astra e organizador da série de palestras Astronomia ao Meio-Dia. Saiba mais sobre ele aqui.
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Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTube, Facebook, Instagram, X (antigo Twitter), LinkedIn e TikTok.
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