Empresas como OpenAI e Meta estão investindo pesado na criação de uma inteligência artificial geral — um sistema capaz de imitar amplamente a mente humana, como explica o New York Times
Embora a IA atual já execute tarefas antes restritas a humanos, como vencer em xadrez ou prever estruturas de proteínas, ela ainda está longe de ser verdadeiramente “humana”. A maioria dos sistemas de IA é altamente especializada, e mesmo os chatbots mais avançados cometem erros básicos.
Apesar disso, uma equipe internacional de cientistas, liderada por Marcel Binz do Helmholtz Munich, desenvolveu um sistema baseado em IA que pode imitar com mais profundidade o comportamento humano.
Modelo de IA treinado para ser um “humano”
Usando o modelo de linguagem LLaMA, da Meta, os pesquisadores criaram o Centauro — um modelo treinado com dados de 160 experimentos psicológicos, incluindo 10 milhões de respostas de 60 mil voluntários.
O Centauro foi treinado para agir como um participante humano em experimentos clássicos de psicologia, como jogos de tomada de decisão e tarefas de memorização.
Ele aprendeu a reproduzir os padrões de escolha humana e demonstrou habilidades de generalização: quando um jogo mudava de cenário (de nave espacial para tapete voador, por exemplo), o Centauro mantinha a mesma estratégia, como um humano faria.
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Modelo também realizou tarefas fora do treinamento
O sistema também se destacou em tarefas não previstas no treinamento, como perguntas de raciocínio lógico, respondendo de forma semelhante ao comportamento humano, inclusive cometendo os mesmos erros.
Em outro experimento, previu com mais precisão o comportamento de jogadores humanos do que o de jogadores artificiais, mostrando sensibilidade a nuances sociais.
Embora o Centauro não ofereça uma nova teoria da mente, cientistas como Binz acreditam que ele pode se tornar uma ferramenta útil para testar ideias sobre cognição humana.
A equipe pretende ampliar sua base de dados e refinar o sistema, com a ambição de torná-lo ainda mais próximo da complexidade humana.
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