A sarcopenia é uma condição muitas vezes negligenciada, mas com sérias repercussões para a saúde global, especialmente entre idosos e pacientes com doenças crônicas.
Caracterizada pela perda progressiva de massa muscular esquelética, força e desempenho físico, a sarcopenia compromete a mobilidade, aumenta o risco de quedas e fraturas e pode afetar significativamente a qualidade de vida.
De acordo com estudo realizado por pesquisadores da Universidade de São Carlos (UFSCAr) e da University College London, no Reino Unido, a sarcopenia deve ser considerada um indicador de risco de morte mais preocupante do que a síndrome da fragilidade.
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Para a ginecologista da Clínica Elsimar Coutinho SP, Iana Carruego, a sarcopenia não deve ser considerada apenas um processo natural do envelhecimento. “Trata-se de uma síndrome com impacto direto na autonomia funcional, pois está associada a maior incidência de quedas, depressão, declínio cognitivo e até mesmo mortalidade”.
Causas da sarcopenia
Embora o envelhecimento seja o fator mais conhecido, a sarcopenia também pode ser acelerada por outros elementos. Segundo a médica, “condições como a síndrome metabólica, a inatividade física, a nutrição inadequada — especialmente a baixa ingestão de proteínas — e os distúrbios hormonais, como a queda dos níveis de estrogênio e testosterona, desempenham um papel relevante na perda muscular”.
Além disso, doenças crônicas e o estresse oxidativo (desequilíbrio entre radicais livres e antioxidantes no organismo) também contribuem para a degradação muscular e resistência anabólica, tornando o processo de recuperação ainda mais difícil.
Sinais de alerta
Os primeiros sinais clínicos da sarcopenia são sutis, mas merecem atenção. Entre os principais, estão:
Redução da força de preensão manual;
Dificuldade ou lentidão ao se levantar de uma cadeira;
Perda de massa muscular detectável por exames como bioimpedância ou DEXA;
Queixas de fadiga e desequilíbrio;
Quedas recorrentes.
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