O movimento de recuperação financeira da Samsung parece ter sofrido um revés importante. Nesta terça-feira (8), a sul-coreana projetou uma queda acima do esperado no lucro operacional da empresa no segundo trimestre deste ano.
O mau resultado seria causado pelo fraco desempenho dos chips de inteligência artificial. E, segundo a própria companhia, a culpa disso é das sanções aplicadas pelos Estados Unidos contra a China, um dos mercados mais importantes da gigante da tecnologia.
Desafio é retomar competividade
Segundo analistas, a Samsung é muito dependente do mercado chinês. Dessa forma, as restrições da Casa Branca realmente estão afetando fortemente as operações da empresa. Além disso, a concorrência aumento muito na China nos últimos anos.
De acordo com a Reuters, este cenário cria um grande desafio para a companhia sul-coreana. É fundamental recuperar a competividade. Para isso, no entanto, o aumento de preços não é uma boa opção. O resultado é um lucro menor.
As projeções apontam que o lucro operacional da Samsung foi de 4,6 trilhões de won (cerca de R$ 18,4 trilhões) no período entre abril e junho de 2025. O número fica bastante abaixo dos 6,2 trilhões de won (R$ 24,8 trilhões) esperados.
Apesar do resultado abaixo do esperado, o mercado ainda acredita em uma recuperação da empresa nos próximos meses. As previsões indicam que o lançamento de novos smartphones e um eventual aumento nas vendas de chips seriam suficientes para atingir as expectativas colocadas na empresa.
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Empresa vive momento delicado
No final do ano passado, a Samsung divulgou um pedido de desculpas público aos seus clientes, investidores e funcionários.
O comunicado assinado pelo vice-presidente Jun Young-hyun afirma que “muitas pessoas estão falando sobre a crise da Samsung” e assume a responsabilidade por tudo o que está acontecendo.
O texto destaca que o cenário desperta dúvidas sobre a “competitividade tecnológica fundamental e o futuro da empresa”.
No entanto, lembra que a companhia tem um histórico de desafios, inovação e superação que sempre transformou crises em oportunidades.
Por isso, acredita que a “grave situação” enfrentada atualmente é “uma oportunidade para um salto em frente”.
O comunicado ressalta que a empresa se compromete em restaurar a competitividade fundamental da tecnologia.
Além disso, promete “reacender a paixão única de ser destemidamente pioneiros no futuro e nos agarrar aos objetivos até o fim e alcançá-los”.
Por fim, diz que a cultura organizacional e os métodos de trabalho serão analisados e as eventuais falhas serão corrigidas.
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