Haddad diz que inflação estará ‘tranquilamente’ na meta em 2026

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta terça-feira, 8, que a inflação deve ficar abaixo de 5% ao fim de 2025 e alcançar o centro da meta somente em 2026.  Segundo o petista, o comportamento do índice dependerá do cenário internacional e da atuação do Banco Central (BC).

“Acredito tranquilamente que vai estar dentro da banda”, disse Haddad ao portal Metrópoles.

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A meta oficial de inflação é de 3% ao ano, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual. Na prática, o IPCA pode oscilar entre 1,5% e 4,5% sem que o BC descumpra seu mandato.

A taxa anualizada caiu de 5,53% em abril para 5,32% em maio, mas permanece acima do teto. O IBGE divulgará os dados de junho nesta quinta-feira, 10. Haddad responsabilizou o dólar por parte da pressão inflacionária e criticou previsões feitas por analistas financeiros.

“Eu dizia que o dólar não ia ficar naquele patamar”, argumentou o ministro. “Era dos poucos que afirmava publicamente. Não tem fundamento, não tem o que ancore o dólar nesse patamar. Não é de R$ 7 não, nem de R$ 6. Eu dizia ‘não, não tem por que ficar nesse patamar’. E agora ele está em menos de R$ 5,50.”

Haddad aposta na aprovação do IR e critica oposição fiscal

Durante a entrevista, Haddad demonstrou otimismo quanto à aprovação do projeto que eleva a faixa de isenção do Imposto de Renda para R$ 5 mil. O relator da proposta é o deputado federal Arthur Lira (PP-AL).

O governo estima que a ampliação da isenção provocará uma perda de R$ 30,84 bilhões na arrecadação. Para compensar, a equipe econômica propõe cobrar imposto de 10% sobre remessas de dividendos ao exterior e aplicar um tributo mínimo para contribuintes com renda mensal superior a R$ 50 mil.

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Além disso, Haddad voltou a atacar adversários políticos. Disse que a “extrema direita” se opôs à reforma tributária e acusou o ex-presidente Jair Bolsonaro de tentar barrar a proposta no Senado. Por fim, ele defendeu uma redistribuição mais equilibrada da carga tributária: “O ajuste fiscal necessário, que eu defendo há 2 anos e meio, não pode recair só sobre os pobres”.

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