O Midsommar é uma das festas mais famosas da Suécia. Com raízes milenares, a celebração de origem pagã tinha como objetivo marcar a entrada no verão do Hemisfério Norte e, embora hoje seja celebrada em uma data específica, nem sempre cai exatamente no dia do solstício – e está longe de ser uma festa que dura apenas um dia só. Conheça mais sobre essa comemoração tão concorrida do norte europeu:
História do Midsommar
O Midsommar tem como objetivo comemorar o começo do verão, coincidindo com o dia mais longo do ano no Hemisfério Norte – a data do solstício. Embora ele seja muito famoso na Suécia, outras nações nórdicas contam com festejos parecidos, aproveitando o fato de que a latitude garante dias especialmente longos e até fenômenos como o “sol da meia-noite” quanto mais acima do mapa você está.
Há registros arqueológicos desde o período neolítico (iniciado 12 mil anos atrás) indicando que festas desse tipo já ocorriam em antigas civilizações dessa parte do mundo. Elas nunca deixaram de ser relevantes, mas passaram por inúmeras transformações ao longo dos milênios, incorporando elementos de novas religiões e culturas, inclusive cristãs.
A festividade do Midsommar não acontece exatamente no solstício de verão, mas na sexta-feira mais próxima dele: pode cair em qualquer dia entre 19 e 25 de junho. Em 2025, foi no dia 20; em 2026, será no dia 19.
Mas o Midsommar vai além do dia propriamente dito: na Suécia, as celebrações começam já quando as temperaturas se tornam mais amenas, no início de maio, ganham força a partir da data nacional do país – 6 de junho – e só terminam no domingo seguinte ao Midsommar propriamente dito, que avança por todo o final de semana.
É um longo período marcado por festas em lugares abertos, com muita música, dança, banquetes e fogueiras, que tradicionalmente tinham a função de manter os espíritos malignos longe da comunidade e garantir uma boa colheita.
Conexão com as festas juninas
Fogueiras ancestrais do Midsommar foram incorporadas às festas de São JoãoPetritap/Wikimedia Commons
A exemplo do que ocorreu com outras festividades pagãs europeias, a fé cristã acabou pegando muitas das tradições do Midsommar e incorporou aos seus próprios festejos.
A proximidade com o Dia de São João, em 24 de junho, fez com que as festas juninas pegassem de empréstimo, por exemplo, as fogueiras usadas para comemorar o dia mais longo do ano – mesmo com outro significado, a fogueira de São João é uma constante até hoje mesmo em lugares muito distantes, como o Brasil.
Outras tradições associadas ao Midsommar também foram incorporadas a comemorações cristãs que acontecem em datas próximas. É o caso do Midsommarstång, um mastro que vira o centro de festividades e danças folclóricas, seguindo em pé até o solstício. Na tradição cristã, ele acabou sendo associado ao Corpus Christi ou ao dia de São Pedro (em 29 de junho), e também se faz presente em algumas localidades do Brasil onde essas datas são mais comemoradas.
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