Dólar dispara diante do anúncio da tarifa de 50% dos EUA

O dólar abriu em disparada nesta quinta-feira, 10, diante do anúncio de uma tarifa de 50% sobre as importações do Brasil pelos EUA. A moeda norte-americana subia 2,07% às 9h08, cotada a R$ 5,61.

As ações brasileiras listadas nos EUA acompanharam a desvalorização. O índice iShares MSCI Brazil caía 2,31% às 7h47, durante o pré-mercado em Nova York. Já o Ibovespa, principal índice do mercado de ações brasileiro, abriu em queda nesta quinta-feira e registrava queda de 0,83% às 10h16, com 136,346 mil pontos.

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Donald Trump anunciou a sobretaxa depois do fechamento dos mercado à vista no Brasil e nos EUA nesta quarta-feira, 9. A tarifa repercutiu no mercado futuro, com alta de 2,90% do contrato futuro de dólar com vencimento em agosto na máxima depois do anúncio. Já o Ibovespa futuro para agosto caiu 2,44%, aos 137,80 mil pontos.



Nesta quarta-feira, o dólar registrou alta de R$ 1,05%, a R$ 5,50 — maior valor da moeda norte-americana sobre o real desde 25 de junho —, no fechamento do mercado à vista. Os investidores estavam atentos aos anúncios de tarifas de importação.

A Casa Branca emitiu cartas com avisos de aumentos de sobretaxas para 21 países. A taxa de 50% sobre o Brasil é a maior de todas e tem previsão de entrar em vigor em agosto. Há expectativa de outros anúncios para esta semana.

Miriam Leitão culpa bolsonaristas
Eu culpo Lula, as altas tarifas brasileiras e a hostilidade do governo contra os EUA. Além, é claro do desequilíbrio emocional de Trump. pic.twitter.com/o3p5qfdlng

— Marcos Cintra (@MarcosCintra) July 10, 2025

Economistas comentam impacto de tarifa dos EUA sobre o Brasil

O banco norte-americano Goldman Sachs calcula que o anúncio de Trump deve gerar uma tarifa efetiva de importação dos EUA sobras as exportações do Brasil de 35,5 pontos porcentuais. A mudança pode reduzir o PIB do Brasil em 0,3 a 0,4 pontos.

Já a inglesa Oxford Economics avalia que as tarifas impostas pelos EUA devem ter impacto econômico restrito. Segundo a consultoria, mesmo com retaliação total do Brasil, o crescimento do PIB em 2026 ficaria cerca de 0,1 ponto porcentual abaixo do cenário base.

“O Brasil é uma economia relativamente fechada e bem diversificada no comércio internacional. Apenas cerca de 10% das exportações, ou 2% do PIB, vão para os EUA”, afirmou Felipe Camargo, economista-chefe global da Oxford, em nota a clientes.

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