Após tantos espetáculos em 2025, os fenômenos astronômicos continuam nos próximos meses. A segunda quinzena de julho e os primeiros dias de agosto trazem mais shows no céu com a chegada de três chuvas de meteoros simultâneas: o Alpha Capricornídeos, Perseidas e o Delta Aquáridas do Sul.
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As condições climáticas dos dois hemisférios acabam tornando esse período o melhor para observar o céu noturno e seus espetáculos. No Hemisfério Norte, as temperaturas mais amenas do verão tornam as noites mais quentes e agradáveis, enquanto no Sul o inverno traz noites mais longas, aumentando o tempo para ver os meteoros.
Para vê-los não é necessário nenhum equipamento especial. Binóculos podem ajudar na visualização, especialmente no caso do Delta Aquáridas do Sul, que tem intensidade mais fraca.
O que são chuvas de meteoros?
As chuvas de meteoros acontecem quando a Terra cruza nuvens de detritos deixadas por cometas ou asteroides.
Quando entram na atmosfera terrestre, os fragmentos queimam e formam rastros luminosos ou bolas de fogo, que são visíveis a olho nu.
Cada chuva de meteoros tem um radiante, ou seja, uma constelação de onde os meteoros parecem se originar.
Esses fenômenos ocorrem regularmente e podem ser vistos em diferentes épocas do ano.
Para ver chuvas de meteoros, é recomendável estar em um lugar escuro, longe das luzes artificiais e com o céu limpo.
Chuva de meteoros Alpha Capricornídeos
A atividade do Alpha Capricornídeos começa a partir de 12 de julho, com o pico entre 29 e 30 do mesmo mês. Ela possui boa visibilidade nos hemisférios norte e sul, e será visível no Brasil. Seu nome está ligado ao radiante do cometa 169P/NEAT , que é na constelação de Capricórnio.
A intensidade do espectáculo é baixa, com cerca de cinco meteoros por hora. Por outro lado, os meteoros são extremamente visíveis mesmo com poluição luminosa, possibilitando a observação em cidades ou locais mais iluminados. Já que a Lua estará em fase crescente e com pouca luz, a visibilidade do Alpha Capricornídeos aumenta. O melhor horário para observar é por volta das 22h.
Chuva de meteoros Perseidas
O fenômeno se torna visível em 17 de julho, com pico entre 12 e 13 de agosto, porém sua visibilidade é melhor no Hemisfério Norte. A chuva de meteoros com origem no cometa Swift-Tuttle pode ser vista no Brasil, mas com menos intensidade. O radiante da Perseidas é próximo das constelações de Perseu, Cassiopeia e Camelopardalis, dando origem à sua nomenclatura.
Binóculos ajudam a ver melhor as chuvas de meteoros
Essa chuva de meteoros tem intensidade muito alta, gerando entre 50 a 75 meteoros por hora em locais de céu escuro. A Lua crescente gibosa pode atrapalhar a visibilidade nos dias de pico do espetáculo, porém os meteoros estarão ativos durante todo o mês de agosto. O melhor horário para observar será entre a meia-noite e o amanhecer.
A Lua crescente gibosa é a fase que acontece entre o quarto crescente e a Lua cheia, fazendo com que o satélite natural terrestre fique quase todo iluminado, mas não completamente.
Chuva de meteoros Delta Aquáridas do Sul
O Delta Aquáridas do Sul inicia suas atividades a partir de 18 de julho, com pico entre 29 e 30 de julho. A visibilidade do fenômeno é melhor no Hemisfério Sul, mas também é observável no Norte. Acredita-se que o corpo de origem dele seja o cometa 96P/Machholz.
Seu radiante é a constelação de Aquário e o espetáculo tem intensidade moderada – entre 20 e 25 meteoros por hora –, com luzes fracas e que raramente deixam rastros brilhantes. Com a Lua crescendo e se pondo antes do horários de maior atividade, a observação se torna melhor. O melhor horário para ver é entre a meia-noite e o amanhecer.
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