Ter um pet como companheiro traz milhares de benefícios, principalmente para as pessoas que moram sozinhas. Um novo estudo mostra que a presença de um animalzinho pode até aumentar o nosso poder cognitivo.
A pesquisa publicada em maio de 2025 na revista Science Reports analisou 18 anos de dados da Pesquisa de Saúde e Aposentadoria na Europa, com 16.582 indivíduos com 50 anos ou mais.
O resultado: ter um cão ou gato está associado a um declínio cognitivo mais lento, especialmente nas memórias imediata e tardia para donos de cães, e em fluência verbal e memória tardia para donos de gatos. No entanto, ter peixes ou aves não apresentou benefícios significativos.
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Os pesquisadores da Universidade de Genebra, na Suíça, sugerem que os efeitos positivos vão além da mera convivência com um animal. Existe estímulo social e emocional, como passeios, por exemplo, e companhia constante — tudo isso ativa o córtex pré-frontal. Segundo o estudo, peixes e aves têm vidas mais curtas e vínculos mais frágeis. Além disso, o barulho das aves pode atrapalhar o sono, impactando a cognição.
Os pesquisadores, que também são especialistas em envelhecimento humano e prevenção de demência, reforçam que possuir um cão ou um gato pode ser uma estratégia acessível e prazerosa para o envelhecimento saudável. Cobrar políticas públicas que facilitem o acesso à assistência veterinária e moradias pet-friendly em lares de idosos também passa a ser parte da discussão.
Se você está pensando em adotar um pet na meia-idade, a escolha pode trazer muito mais do que afeto: pode ser um impulso real para a saúde do seu cérebro nos próximos anos.
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