Depois de mais de seis décadas em operação, uma das principais fábricas da Nissan em Yokosuka, próxima a Tóquio, deixará de funcionar até março de 2028. A decisão integra um plano global para reverter prejuízos e reorganizar a estrutura da montadora japonesa, que passa por uma das fases financeiras mais delicadas de sua trajetória quase centenária.
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A Nissan transferirá a produção da unidade fechada para sua instalação em Fukuoka, no sul do país. A medida pode levar à demissão de cerca de 2,4 mil trabalhadores. A empresa mira em cortes maiores, já que prevê eliminar 20 mil empregos no mundo até março de 2028.
Ivan Espinosa, diretor-presidente da Nissan desde abril, comentou que encerrar a fábrica e dispensar funcionários são decisões “duras, mas necessárias”. O objetivo é reduzir a capacidade de produção global de 3,5 milhões para 2,5 milhões de veículos por ano e enxugar o número de fábricas de 17 para dez.
The Honda-Nissan merger is officially off.
Good luck, Nissan, you’ll need it. pic.twitter.com/nU27rPzaXg
— Gearoid Reidy リーディー・ガロウド (@GearoidReidy) February 13, 2025
No primeiro trimestre de 2025, a Nissan registrou um prejuízo de US$ 4,5 bilhões, o equivalente a cerca de R$ 20 bilhões. No pregão desta quarta-feira, 16, as ações da companhia fecharam em baixa de 1,32% na Bolsa de Tóquio.
Nissan empreende tentativas de fusão e parcerias
As conversas para uma fusão entre Nissan e Honda chegaram ao fim sem acordo em fevereiro, depois de a Honda propor transformar a Nissan em subsidiária integral, proposta recusada pela rival. As tratativas começaram em dezembro de 2024 e pretendiam um anúncio até janeiro, mas não avançaram.
Apesar disso, ambas mantêm parceria tecnológica iniciada em agosto de 2024. Um eventual investimento da Tesla, montadora de veículos elétricos chefiada por Elon Musk, também não se concretizou, o que frustrou expectativas de recuperação para a Nissan.
O post Nissan vai fechar fábrica de 60 anos e demitir 2,4 mil apareceu primeiro em Revista Oeste.