Há poucos anos, carro elétrico era coisa de cinema. Agora, veículos sem motorista começaram a sair das telas para acelerar nas ruas. Tem mais: os reis do petróleo das Arábias arranjaram o casamento do motor à corrente elétrica com a direção por inteligência artificial — e decidiram que os noivos devem chegar de Uber. A aliança custa mais de R$ 1 bilhão.

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Na quinta-feira, 17, a Uber anunciou o investimento de US$ 300 milhões na Lucid Motors, uma montadora de carros elétricos. A cifra equivale a R$ 1,6 bilhão na cotação atual. O dinheiro tem destino certo: desenvolver carros autônomos.

Uber e Lucid: noivado entre “primos”

Com sede na Califórnia, a Lucid está sob controle da família real da Arábia Saudita. Eles são os governantes da nação à qual emprestam o nome — e donos da maior petroleira do mundo (a Aramco). Ou o contrário: governantes da empresa e proprietários do país. Tanto faz.

Por sua vez, a Uber não tem um acionista majoritário (status de quem detém mais de 50% das ações e pode tomar todas as decisões). Mas um dos nomes da nobreza das Arábias figura entre os principais sócios da empresa. Trata-se de Yasir Al-Rumayyan, o chefe do fundo soberano da Arábia Saudita.

União estável

Por meio do acordo, o aplicativo de mobilidade tomou posse de 3% das ações da montadora. Depois do anúncio, os papéis da empresa dispararam em Wall Street. Segundo o G1, a cotação subiu 40% por volta das 11h40, no horário de Brasília.

O contrato prevê a aquisição de ao menos 20 mil carros autônomos nos próximos seis anos. A Lucid vai projetar os veículos sob medida para a Uber. Serão versões do SUV Gravity. As entregas devem começar no segundo semestre de 2026 — e a lua de mel não tem hora para acabar.

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