O país que decidiu proibir motos a gasolina

A partir do ano que vem, as principais áreas do centro de Hanói, capital do Vietnã, não contarão mais com a presença de motocicletas movidas a gasolina. A proibição dos veículos faz parte de um programa do governo do país para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.

As autoridades vietnamitas também esperam que a medida melhore os índices de qualidade do ar, que estão entre os piores do mundo. Se a ação funcionar, carros poluentes também devem ser banidos no futuro.

Vietnã é conhecido pela grande quantidade de motos (Imagem: Worldpics/Shutterstock)

Meta é eliminar totalmente as motos movidas a gasolina

As novas regras entrarão em vigor a partir de 1º de julho de 2026. Elas fazem parte de um compromisso firmado pelo governo do Vietnã que promete eliminar totalmente os veículos de duas rodas movidos a gasolina até 2045.

Trata-se de um desafio e tanto, uma vez que as motocicletas são o principal meio de transporte usado no país. Estima-se que sejam cerca de 72 milhões de motos em todo o país. A população total do Vietnã gira em torno de 100 milhões de pessoas.

São 72 milhões de motos em um país com 100 milhões de habitantes (Imagem: WorldStockStudio/Shutterstock)

A ideia é começar pelo centro da cidade e, lentamente, avançar para outras regiões da capital vietnamita. As áreas centrais são conhecidas pelo tráfego denso e altos níveis de poluição. Dessa forma, a proibição pode ajudar a melhorar os índices de poluição e também de barulho.

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Proibição faz parte de um programa do governo do país para reduzir as emissões de gases de efeito estufa (Imagem: LeQuangNhut/Shutterstock)

Estímulos para o mercado eletrificado

A medida também servirá para estimular a venda de motocicletas e scooters elétricas no Vietnã.

Hoje, este mercado representa cerca de 5% do total de veículos comercializados.

Embora o segmento apresente um rápido crescimento no país, liderado por empresas locais como VinFast e Selex Motors, ainda existem muitos obstáculos.

Muitos vietnamitas ainda reclamam dos altos preços dos modelos elétricos e da falta de estações de carregamento.

Isso significa que a nova legislação precisará ser acompanhada por investimentos no setor.

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