Um artigo publicado no European Heart Journal aponta que a vacinação tem um papel fundamental na prevenção de doenças cardiovasculares. Segundo os cientistas, infecções respiratórias causadas por vírus e bactérias podem aumentar os riscos destes problemas.
Dessa forma, o uso de imunizantes contra gripe e Covid-19 reduzem o risco de infartos, derrames e agravamento da insuficiência cardíaca. Os benefícios são maiores para idosos e pessoas com doenças crônicas. Lembrando que todas as vacinas citadas estão disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS).
Uso dos imunizantes reduziu a mortalidade por doenças cardiovasculares
Segundo os cientistas europeus, a vacinação contra a gripe reduz em até 60% o risco de infecção. Além disso, está associada a uma queda de 30% nos eventos cardiovasculares mais graves. Em pacientes que já tiveram um infarto, a imunização reduziu a mortalidade em 41%.
A infecção pela Covid-19 também esteve associada a aumento expressivo de risco para eventos como infarto, arritmias, insuficiência cardíaca e morte. Pessoas com doenças cardiovasculares prévias têm cerca de 30% mais chances de desenvolver covid longa, condição que pode incluir fadiga, dispneia e dor torácica. A vacinação ajudou a reduzir esse risco em até 43%.
Outras vacinas também apresentaram benefícios para a saúde cardiovascular. O imunizante contra herpes zoster, por exemplo, tem eficácia superior a 90% na prevenção da doença e foi associada a uma redução de mais de 50% nos eventos cardiovasculares. Já a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) teve 89% de eficácia na prevenção de infecções pulmonares.
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Cobertura vacinal no Brasil está longe do ideal
As descobertas aumentam ainda mais a importância de estar com a vacinação em dia.
No entanto, a cobertura vacinal segue abaixo do esperado no Brasil.
No caso do vírus influenza, apenas 44,79% do público prioritário foi imunizado, segundo dados do Ministério da Saúde.
A meta é vacinar 90% desse público.
A cobertura vacinal contra a Covid-19, por sua vez, atende 86,78% da população com duas doses.
Já a adesão à terceira dose é menor, 56,67%, enquanto a quarta dose foi aplicada em apenas 19,83% da população.
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