7 passeios e viagens de trem para fazer pelo Brasil

Quando o assunto é viagem de trem pelo Brasil, a tônica costuma ser de saudosismo. Afinal, quando se olha para um mapa ferroviário do país na primeira metade do século 20, fica fácil ver o quanto o transporte de passageiros pelas estradas de ferro acabou perdendo espaço com a ascensão do modal rodoviário.

Mas, para quem quer matar as saudades ou apresentar às novas gerações a magia dos trilhos, os passeios de trem seguem vivos em muitas linhas turísticas que ainda operam ao redor do país – e, em alguns casos, até mesmo em viagens regulares, como é o caso trem Vitória-Minas.

Confira alguns dos mais famosos.

1. Maria Fumaça na Serra Gaúcha, entre Bento Gonçalves e Carlos Barbosa (RS)

Apresentações culturais e degustações celebram legado da imigração italiana na Serra Gaúcha./Divulgação

Um dos trajetos mais tradicionais do país, a Maria Fumaça da Serra Gaúcha valoriza as tradições da imigração italiana na região. Dentro dos vagões, espetáculos teatrais e musicais recontam a chegada dos europeus – pelo caminho, sobram experiências gastronômicas e de enoturismo.

O trajeto conecta Bento Gonçalves e Carlos Barbosa, com uma parada de degustações no meio do caminho, em Garibaldi. São 23 km percorridos em 1h30 (ida e volta), com bilhetes partindo de R$ 375 por adulto. Há opção de transfer partindo de  Gramado e Canela até a estação em Bento Gonçalves; saiba mais. E também tem a opção básica de ir de trem e voltar de ônibus, a partir de R$ 246.

2. Trem de Curitiba a Morretes (PR)

Vagões do trem da Serra Verde Express, Passeio na Serra do Mar Paranaense, Trem Curitiba-MorretesSerra Verde Express/Divulgação

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Com a fama de ter algumas das paisagens mais espetaculares que podem ser vistas a bordo de um trem no país, a viagem pela Serra do Mar Paranaense oferece panoramas de vales, picos montanhosos e paredões rochosos. O ponto mais alto chega a 952 metros de altitude, com trajetos sinuosos, túneis, pontes e vislumbre de lugares famosos como o Cânion do Ipiranga.

Operado pela Serra Verde Express, a viagem tem diferentes pacotes, com opção de fazer apenas o trecho simples ou contratar a ida e volta antecipadamente. Durante o dia, a viagem é na direção de Morretes, mas também dá para optar pelo Pacote Pôr do Sol, subindo a Serra de volta a Curitiba ao cair da tarde. A viagem avulsa de trem dura 4 horas e parte de R$ 199. Ida e volta (o trecho oposto à viagem de trem é feito de van), são cerca de 10 horas, por R$ 445. Veja mais no site.

3. Maria Fumaça entre Tiradentes e São João del Rei (MG)

Trem conecta cidades coloniais em 40 minutosHalley Pacheco de Oliveira/Wikimedia Commons

Percorrendo a antiga Estrada de Ferro Oeste de Minas, esse passeio encanta pelo trem em si, uma locomotiva de quase 150 anos que utiliza trilhos menores do que o habitual nas ferrovias brasileiras – o que rendeu o apelido de “bitolinha”. Embora as paisagens vistas pela janela não sejam tão deslumbrantes, as cidades nas duas pontas do trajeto são cheias de história, assim como o próprio trecho, inaugurado pessoalmente por Dom Pedro II, um legado contado pelos guias a bordo.

São 13 km percorridos em cerca de 40 minutos. Ingressos para um trecho só (indo em qualquer direção) partem de R$ 86 para adultos. Mais informações.

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4. Trem das Águas, entre São Lourenço e Soledade de Minas (MG)

Passeio do Trem das Águas é feito em maria fumaça histórica e leva cerca de 2 horas, entre ida, volta e a parada em Soledade de MinasTrem das Águas/Divulgação

Esse passeio também é uma ótima opção para amantes da história ferroviária. Integrado ao Circuito das Águas mineiro, que inclui outras cidades, a viagem é uma alternativa curtinha de 10 km entre São Lourenço e a estação de Soledade de Minas, que inclui um Museu Ferroviário. A bordo, os trens oferecem degustação da gastronomia mineira, espetáculos de música regional com viola caipira e sanfona, além de feirinhas de artesanato local.

Contando ida e volta, mais a parada em Soledade, o passeio dura cerca de 2 horas, sendo 40 minutos a bordo do trem. Bilhetes partem de R$ 99. Saiba mais.

5. Trem de Guararema (SP)

Viagem leva cerca de duas horas, entre ida e voltaTrem de Guararema/Divulgação

Localizado a 80 km de São Paulo, esse trem é uma boa opção para um final de semana com a família inteira – há até vagão pet friendly! O passeio percorre cerca de 7 km entre a estação de Guararema e a vila histórica de São Carlos, ao longo de 2 horas, contando as paradas.

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Com carro restaurante que oferece brunch e café da tarde (a depender do horário da viagem), uma das atrações desse trem é o caboose, um vagão aberto consagrado pelos antigos trens de carga americanos – devidamente reformado para receber os viajantes em segurança, ele permite uma vista panorâmica e ar fresco durante a viagem.

Ingressos a partir de R$ 190, com promoção de R$ 95 para todos os passageiros durante o mês de julho de 2025. Saiba mais.

6. Ferrovia Vitória-Minas, entre Cariacica (ES) e Belo Horizonte (MG)

Trem Vitória-MinasGabriel Lordêllo/Mosaico Imagem/Divulgação

Agora, se a sua ideia não é apenas pegar um trem turístico, mas realmente vivenciar uma viagem “de verdade”, a ferrovia Vitória-Minas é a joia da coroa do transporte ferroviário ainda vivo no Brasil. Com 664 km, o serviço operado pela Vale é considerado o único trem de passageiros diário de longa extensão atualmente em atividade no Brasil.

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Entre os dois terminais, a viagem inclui 30 paradas de embarque e desembarque, 9 no lado capixaba do mapa e outras 21 em solo mineiro. Com mais de 120 anos, o serviço regular também pode render uma belíssima viagem de contemplação, com paisagens lindas ao longo de todo o trajeto. Caso o plano seja fazer a viagem inteira, sem descer no caminho, o trajeto costuma levar mais de 13 horas – diariamente, partem nos dois sentidos um comboio às 7h, chegando no outro terminal por volta das 20h30.

Por ser um serviço regular de trem, há uma tabela de horários para cada destino, preços que variam de acordo com a categoria do vagão e também gratuidades para idosos, PCDs e outras classificações. O bilhete inteiro para a viagem completa, em classe econômica, sai por R$ 81. Também há vagões executivos. Saiba mais no site da Vale.

7. Estrada de Ferro Carajás, entre São Luís (MA) e Parauapebas (PA)

Vale usa ferrovia para escoar minério, mas também transporta passageirosNando Cunha/Wikimedia Commons

Mais ao norte do mapa, a pegada da Estrada de Ferro Carajás (EFC) é semelhante à da Ferrovia Vitória-Minas: um trem de passageiros regular de verdade operado pela Vale, conectando lugares bem distantes. Ela é ainda mais extensa que sua contraparte do Sudeste (são 892 km), mas não é diária: além de não ter serviço às quartas-feiras, a EFC só opera em uma direção por vez, conforme o dia da semana.

O trem parte de São Luís às segundas, quintas e sábados, saindo às 8h e chegando em Parauapebas às 23h50. Já no sentido oposto, a viagem sai de Parauapebas às 6h nas terças, sextas e domingos, chegando na capital maranhense às 22h. A promessa da operadora é que o serviço se tornará diário, nos dois sentidos, a partir de 2027. A tarifa em classe econômica é de R$ 90, com opções de gratuidades ou upgrade para o vagão executivo. Saiba mais.

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