A morte do músico Douglas Souza Arruda, conhecido como Dodô, baterista da banda Karametade, acendeu um alerta importante: o câncer de pele, tipo de câncer mais comum no Brasil, ainda é subestimado. Dodô morreu aos 52 anos, após uma luta contra o melanoma, uma das formas mais agressivas da doença.
“Saiba que sua história nunca será apagada, meu irmão”, escreveu o cantor Vavá em homenagem ao colega.
Apesar de ter altas chances de cura quando descoberto precocemente, o câncer de pele pode evoluir rapidamente e comprometer áreas vitais do corpo. Saber identificar os sinais e buscar atendimento especializado é o primeiro passo para mudar essa realidade.
Como surge o câncer de pele
A principal causa do câncer de pele é a exposição excessiva e desprotegida ao sol. Os raios ultravioleta (UV) danificam as células da pele ao longo do tempo, podendo provocar alterações genéticas que favorecem o desenvolvimento de tumores.
As áreas mais afetadas costumam ser as que ficam expostas com frequência, como rosto, pescoço, orelhas, ombros, colo e dorso das mãos. Embora mais comum em pessoas de pele clara, o câncer de pele pode afetar qualquer pessoa – inclusive quem nunca frequentou praias ou piscinas com frequência.
Sinais que merecem atenção
A maioria dos casos começa com alterações discretas na pele, que nem sempre geram dor ou desconforto. Por isso, é essencial estar atento a sintomas como:
Manchas que coçam, descamam ou sangram
Sinais ou pintas que mudam de cor, tamanho ou formato
Feridas que não cicatrizam em até 4 semanas
Esses sinais podem indicar tanto o carcinoma basocelular e espinocelular (os tipos mais comuns e menos agressivos) quanto o melanoma – que, apesar de mais raro, pode se espalhar com rapidez e atingir outros órgãos.
Fatores de risco
Algumas características aumentam o risco de desenvolver câncer de pele:
Pele clara, olhos claros ou sensibilidade ao sol
Histórico familiar de câncer de pele
Presença de muitas pintas ou sinais atípicos
Exposição solar prolongada, principalmente no trabalho
Uso de câmeras de bronzeamento artificial
Doenças cutâneas ou imunossupressão
Pessoas com mais de 40 anos merecem atenção redobrada, embora o câncer também possa surgir antes disso.
Como é feito o diagnóstico
O diagnóstico é clínico, realizado por um dermatologista por meio da avaliação visual da lesão suspeita. Quando necessário, o médico realiza uma biópsia, retirada de uma pequena amostra da pele, para confirmar o tipo e o estágio da doença.
A boa notícia é que, quanto mais cedo a detecção, maiores as chances de cura, com procedimentos simples e pouco invasivos.
Câncer de pele pode ser prevenido. Foto: Unsplash
Tratamento: da cirurgia à prevenção
O tratamento varia de acordo com o tipo e a gravidade do tumor. Na maioria dos casos, a cirurgia oncológica é suficiente para remover a lesão. Já nos quadros mais avançados, pode ser necessário recorrer à radioterapia, quimioterapia ou terapias-alvo.
Para evitar o câncer de pele, especialistas recomendam:
Usar protetor solar diariamente, mesmo em dias nublados
Evitar exposição solar entre 10h e 16h
Utilizar roupas, bonés, chapéus e óculos com proteção UV
Reaplicar o protetor a cada 2 horas ou após suor e mergulhos
Fazer acompanhamento dermatológico anual
Resumo:
O caso do músico Dodô, do Karametade, mostra o quanto o câncer de pele pode ser traiçoeiro. Segundo relato de amigos, ele lutava contra um melanoma, tipo mais agressivo da doença. Embora não se saiba quando recebeu o diagnóstico, a evolução rápida mostra que o tumor pode comprometer a saúde de forma intensa e silenciosa.
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