Você estudou, se preparou, revisou tudo com atenção. Mas, na hora da prova ou daquela reunião importante, parece que seu cérebro simplesmente travou. A boa notícia é que isso não tem nada a ver com falta de capacidade – e sim com um inimigo muito comum: a ansiedade.
Essa resposta natural do corpo ao estresse, quando se torna intensa ou constante, interfere diretamente nas funções cognitivas, como memória, atenção e tomada de decisão.
E é por isso que, mesmo se sentindo pronta, muita gente tem dificuldade de acessar o conteúdo que estudou ou manter o raciocínio fluido nos momentos em que mais precisa.
Como a ansiedade afeta a memória?
A ansiedade coloca o corpo em estado de alerta. Em situações de perigo real, esse mecanismo é importante. Mas, quando o “perigo” é simbólico – como uma prova ou apresentação – essa reação pode ser prejudicial.
O cérebro entende que precisa agir rápido para sobreviver, desviando recursos que normalmente seriam usados para raciocinar ou lembrar informações.
Essa resposta também afeta a chamada memória de trabalho, que é a parte do cérebro responsável por organizar os pensamentos em tempo real. O resultado é aquela sensação de branco, como se tudo que foi estudado tivesse desaparecido. A mente parece “fechar várias abas” ao mesmo tempo e nenhuma funciona direito.
Que sinais mostram que a ansiedade está interferindo?
Durante situações de pressão, os sinais de que a ansiedade está sabotando sua memória podem incluir:
Sensação de branco mental: a impressão de que nada do que foi estudado está acessível;
Dificuldade de concentração: incapacidade de manter o foco por muito tempo;
Leitura repetitiva: ler a mesma frase várias vezes sem entender;
Pensamentos negativos: medo de errar, de falhar ou de não dar conta;
Sintomas físicos: como taquicardia, tensão muscular e dor de cabeça.
Se você já passou por algo assim, saiba que não está sozinha – e que existem caminhos para mudar esse cenário.
Falha na memória pode ser sinal de ansiedade. Foto: Unsplash
Técnicas para acalmar a mente e recuperar o foco
A chave para melhorar a memória nesses momentos não está em estudar mais, mas em aprender a cuidar da mente. A seguir, algumas estratégias simples e eficazes:
Faça pausas conscientes
Antes de começar a prova, feche os olhos por um minuto, respire profundamente e repita frases que ajudem a tranquilizar seu corpo, como: “Estou segura”, “Estou preparada” ou “Está tudo bem”. Isso sinaliza ao cérebro que não há perigo e permite que a parte racional volte a funcionar com mais fluidez.
Escreva para organizar os pensamentos
A técnica do journaling, ou escrita terapêutica, é excelente para acalmar a mente. Coloque no papel o que está te preocupando, o que você gostaria de sentir e o que está ocupando seus pensamentos naquele momento. A escrita ajuda a transformar a ansiedade em clareza.
Experimente técnicas de liberação emocional
Existem métodos que ajudam a acalmar o sistema nervoso e recuperar a confiança, como a chamada Liberação Emocional. A prática não exige reviver traumas, mas promove um alívio profundo, ajudando a acessar novamente o foco e a concentração.
Aceite o funcionamento do seu cérebro
Compreender como o seu cérebro reage à pressão e respeitar seus limites é um passo importante. Em vez de lutar contra o nervosismo, acolher esse sentimento pode transformar a ansiedade em motivação.
A ansiedade não define sua capacidade
Ter ansiedade não significa que você não é boa o suficiente. Significa apenas que seu corpo está tentando se proteger. Quando você aprende a lidar com essa emoção, descobre que é possível acessar todo o seu potencial – com mais calma, clareza e confiança.
Resumo:
A ansiedade pode interferir na memória e concentração, mesmo em pessoas bem preparadas. Técnicas como respiração, escrita terapêutica e autoconhecimento ajudam a recuperar o foco e manter a calma nos momentos de pressão.
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