Como reportado pelo Olhar Digital, o Banco Central (BC) e o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) confirmaram um acesso indevido a dados vinculados a algumas chaves Pix presentes no Sistema de Busca de Ativos do Poder Judiciário (Sisbajud).
Após a confirmação do vazamento, o BC atualizou o caso e informou que foram expostos mais tipos de dados do que o inicialmente revelado. No total, o vazamento afetou 46.893.242 chaves de 11.003.398 pessoas, além de dados pessoais e bancários.
Confira quais informações foram vazadas.
Vazamento revelou chave Pix e dados pessoais
De acordo com o BC e o CNJ, o acesso indevido permitiu acessar desde dados pessoais até informações sobre contas bancárias e chaves Pix dos usuários.
Confira quais detalhes foram expostos, de acordo com a Agência Brasil:
Nome da pessoa;
Cadastro de Pessoas Físicas (CPF);
Instituição e agência do banco;
Número e tipo da conta;
Chave Pix;
Situação da chave Pix;
Data de criação da chave Pix;
Data de exclusão da chave Pix (se houver).
Inicialmente, o CNJ havia informado que apenas nome da pessoa, chave Pix, nome do banco, número da agência e número da conta foram vazados.
O que aconteceu no acesso indevido ao Pix
Esse incidente teria acontecido entre 20 e 21 de julho e atingiu dados de cadastro de 11.003.398 pessoas;
Ambos os órgãos disseram que nenhum dado sensível, como senhas, saldos, extratos bancários e demais informações protegidas por sigilo bancário, foi obtido;
Ainda de acordo com ambos, as informações expostas são de natureza cadastral, o que inclui nome do titular, chave Pix, instituição financeira, número da agência e número da conta;
Na nota do BC, o órgão disse que o vazamento “não permite movimentações de recursos, nem acesso às contas ou a outras informações financeiras”;
Já o CNJ informou que o incidente foi “imediatamente identificado e corrigido“, e o sistema retornou ao normal após medidas de segurança terem sido tomadas.
A Polícia Federal e Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) estão cientes do que aconteceu.
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Há risco?
Mesmo não havendo chance de movimentações financeiras com os dados expostos, o CNJ frisou que as informações de cadastro vazadas podem representar riscos potenciais, como tentativa de golpes e fraudes.
O órgão recomendou que usuários permaneçam em alerta para o caso de comunicações suspeitas e ampliem seus cuidados com segurança digital.
A instituição também afirmou que não entra em contato com as vítimas do vazamento por meio de SMS, e-mail ou telefonemas. Em breve, o CNJ irá oferecer uma ferramenta exclusiva para cidadãos consultarem se tiveram seus dados Pix ou cadastrais vazados pela exposição. A consulta será pelo site www.cnj.jus.br.
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