Estourar uma espinha pode até parecer inofensivo, mas um caso recente no Reino Unido mostra que a prática pode trazer sérias consequências. Geraint Mullins, um jovem de 24 anos do País de Gales, quase perdeu a vida após manipular uma espinha no pescoço. O local infeccionou, evoluiu rapidamente para um quadro de sepse, uma condição grave que pode causar falência de órgãos, e exigiu duas cirurgias de emergência.
Além do desconforto estético, espremer as espinhas pode abrir portas para infecções, principalmente em áreas mais sensíveis como o rosto e o pescoço.
Como começou o problema?
Tudo começou em um momento trivial: Geraint estava assistindo TV quando decidiu espremer uma espinha no pescoço. “Eu gosto de estourar espinhas. Era só mais uma”, contou à BBC. No entanto, nas horas seguintes, a região inflamou, formou um abscesso e ele passou a sentir febre, fraqueza e confusão mental.
Ao perceber que algo estava errado, a família o levou às pressas ao hospital. Lá, os médicos identificaram um quadro de infecção severa e decidiram operá-lo de emergência para conter a evolução do problema.
Estourar espinha pode ser perigoso! Foto: Reprodução
O que é sepse e por que ela é tão perigosa?
A sepse é uma resposta inflamatória exagerada do organismo a uma infecção. Segundo o NHS (sistema de saúde britânico), ela pode causar danos a tecidos e órgãos, com risco de morte se não for tratada a tempo.
Os sintomas costumam ser confundidos com quadros gripais ou infecções comuns, o que dificulta o diagnóstico precoce. Entre os sinais estão febre alta, batimentos acelerados, confusão mental, respiração rápida, calafrios e dor intensa.
Mesmo após a primeira cirurgia, Geraint ainda enfrentava sinais de infecção e precisou de uma segunda operação. Durante a internação, ele também foi diagnosticado com colite ulcerativa, uma condição intestinal inflamatória que compromete a imunidade e pode dificultar a recuperação.
Quais são os riscos de estourar espinhas?
Apesar de parecer uma prática inofensiva, espremer espinhas, especialmente com as mãos sujas ou unhas compridas, pode provocar lesões na pele, inflamações locais e a entrada de bactérias. Isso é ainda mais arriscado em áreas como o triângulo da face (região que vai do canto da boca até a ponta do nariz), por estar próxima ao cérebro e ter maior risco de complicações, como trombose e meningite.
No caso de Mullins, a espinha virou uma porta de entrada para uma infecção grave. Se não tivesse recebido atendimento médico rápido, o desfecho poderia ter sido trágico.
O que fazer ao perceber sinais de infecção?
Diante de sintomas como vermelhidão persistente, dor intensa, inchaço, febre ou secreção amarelada no local da espinha, o ideal é procurar atendimento médico. Evitar cutucar a pele e manter uma rotina de cuidados com higienização, hidratação e produtos apropriados para o tipo de pele são formas seguras de lidar com acne.
Hoje, recuperado, Geraint quer alertar outras pessoas. “Pode parecer exagero, mas saber identificar os sinais pode salvar uma vida”, afirmou à BBC. Ele acredita que seu bom preparo físico, por ser jogador amador de futebol, também ajudou na recuperação: “Se eu não fosse tão ativo, talvez não estivesse aqui para contar”.
Resumo:
O galês Geraint Mullins, de 24 anos, quase morreu após estourar uma espinha no pescoço. A infecção evoluiu para sepse e exigiu duas cirurgias. O caso mostra os riscos da prática e a importância de não ignorar sinais de infecção.
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