Campo Grande é uma capital com jeito de cidade do interior. Casa para cerca de 900 mil pessoas, tem ruas arborizadas, um pôr do sol que parece pintura e uma rotina tranquila, sem abrir mão de boa estrutura urbana. Morei por lá durante dez anos e descobri que, entre os dias calmos e o calor forte, há muito o que ver (e comer) na “Cidade Morena” — apelido que faz referência à cor avermelhada da terra. Veja, a seguir, cinco paradas obrigatórias na capital sul-mato-grossense:
1. Passar a tarde no Parque das Nações Indígenas
Mais do que um dos principais espaços de lazer da cidade, o Parque das Nações Indígenas é também um importante polo cultural em Campo Grande. As seis entradas do parque levam o nome de povos indígenas da região, sendo que os guaicurús também foram homenageados através do Monumento Guerreiro Guaicurú. Com quadras, pista de skate, trilhas, parquinho e um lago, o parque rende uma tarde completa. E ainda é possível visitar o Museu de Arte Contemporânea, que fica lá dentro. Mas meu programa favorito é observar as capivaras que circulam livremente e tomar um caldo de cana em uma das barracas que ficam na entrada. Se bater vontade de fazer compras, o Shopping Campo Grande, o maior da cidade, fica a apenas 12 minutos de caminhada.
Onde? Avenida Afonso Pena
Quando? Todos os dias, das 6h às 20h30.
<p>entrada parque das nações indígenas campo grande mato grosso do sul</p> Cecília CarrilhoArquivo pessoal<p>parque das nações indígenas campo grande mato grosso do sul</p> Cecília CarrilhoArquivo pessoal<p>placas monumento guaicuru parque das nações indígenas campo grande mato grosso do sul</p> Cecília CarrilhoArquivo pessoal<p>parque das nações indígenas capivaras mato grosso do sul</p> Cecília CarrilhoArquivo pessoal<p>parque das nações indígenas campo grande mato grosso do sul monumento guerreiro guaicurú</p> Cecília CarrilhoArquivo pessoal<p>parque das nações indígenas capivaras campo grande mato grosso do sul</p> Cecília CarrilhoArquivo pessoal<p>parque das nações indígenas parquinho infantil campo grande mato grosso do sul</p> Cecília CarrilhoArquivo pessoal<p>parque das nações indígenas capivaras campo grande mato grosso do sul</p> Cecília CarrilhoArquivo pessoal<p>parque das nações indígenas campo grande mato grosso do sul</p> Cecília CarrilhoArquivo pessoal<p>parque das nações indígenas patos campo grande mato grosso do sul</p> Cecília CarrilhoArquivo pessoal<p>parque das nações indígenas campo grande mato grosso do sul</p> Cecília CarrilhoArquivo pessoal
2. Comer sobá na Feira Central
A Feira Central completa 100 anos em 2025, e segue como um dos pontos mais emblemáticos da cidade. Localizada na Rua 14 de Julho, é conhecida pela gastronomia, pelos eventos culturais e pelo clima de encontro entre gerações. A “feirona”, como é carinhosamente apelidada, surgiu da união de pequenos comerciantes e imigrantes, especialmente os japoneses, que ajudaram a moldar a identidade campo-grandense.
É dessa herança que vem o sobá, prato típico da cidade e patrimônio cultural imaterial. Para quem vem de fora, o prato pode parecer uma espécie de lámen abrasileirado, com caldo (geralmente à base de porco), macarrão, carne em fatias, omelete e cebolinha.
Quem visita a feirona tem a obrigação de provar o prato. Me lembro bem da primeira vez que experimentei sobá, rodeada de amigos campo-grandenses que esperavam ansiosos pela minha reação. Cada um tinha sua barraca preferida e jurava que ela era a melhor da feira. Spoiler: todos estavam certos, pois até hoje não consegui eleger uma favorita, mas recomendo as tradicionais Paty Restaurante e Jadi Soba.
Além dos restaurantes, há barracas de artesanato e bugigangas de todos os tipos. Na saída, não se esqueça de tirar uma foto no monumento gigante em formato de sobá, que virou símbolo do lugar.
Onde? Rua 14 de Julho, 3351
Quando? Quarta a sexta-feira, das 16h às 23h, e nos fins de semana, das 11h às 23h.
Todo campo-grandense, de nascimento ou de coração, tem uma memória afetiva com a Feira CentralFeira Central de Campo Grande/Reprodução
3. Passear pela Rua 14 de Julho
É interessante ver como a Rua 14 de Julho, que recebeu seu nome em homenagem à Queda da Bastilha, foi “tomada” pelo povo. Depois de passar por uma grande revitalização em 2019, ela ficou mais arborizada, acessível, ganhou calçadas largas e hoje é um dos lugares mais conhecidos para caminhar no centro, fazer compras ou sentar em um bar no fim da tarde.
Entre os destaques, o COPO Bar e Restaurante serve petiscos de boteco, enquanto o Má Donna Bar aposta em drinks inspirados em vilãs num ambiente bastante movimentado. A rua também também recebe eventos como o Campão Cultural, que voltou a acontecer em 2025 com música, dança, teatro e arte urbana.
Uma publicação compartilhada por MÁ DONNA Rua 14 de julho Nº 2459 (@madonnabarcg)
Durante a época de Natal, a via ganha vida com decorações temáticas. No cruzamento com a Afonso Pena, o Relógio Central, construído em 1933, já foi demolido e reconstruído algumas vezes — e hoje segue como um marco histórico da cidade.
O Relógio Central segue como ponto de referência para quem passeia pela 14 de JulhoPrefeitura de Campo Grande/Reprodução
4. Curtir o dia no Eco Park Campo Grande
Para quem quer se refrescar, o Eco Park é o passeio certo. Conhecido como o maior parque aquático do Mato Grosso do Sul, é o tipo de lugar que rende um dia inteiro de lazer, seja com crianças, amigos ou em casal.
O espaço tem piscinas grandes, toboáguas, hidromassagem, cascata, caverna artificial e até um rio lento para quem só quer relaxar. A área infantil, chamada de Cidade da Criança, tem brinquedos e toboáguas feitos especialmente para os pequenos. E quando a fome bate, a praça de alimentação serve de tudo.
Onde? BR-262, 3050 – KM 320
Quando? Quarta-feira a domingo, das 9h às 18h
Quanto? Quarta a sexta-feira por R$ 70 (adulto) e R$ 50 (infantil); fins de semana por R$ 100 (adulto) e R$ 50 (infantil)
Uma publicação compartilhada por Eco Park Campo Grande (@ecoparkcampogrande)
5. Conhecer o Bioparque Pantanal
Acompanhei a longa espera pela inauguração do Bioparque Pantanal: a obra, que começou em 2011, se arrastou por uma década. O dia da abertura, em 28 de março de 2022, foi visto como um março para a cidade, e com razão. Maior aquário de água doce do mundo, ele possui mais de 350 espécies de peixes, répteis e invertebrados. A estrutura moderna impressiona: tanques gigantes, áreas sensoriais, painéis informativos e até pontos instagramáveis. O aquário fica colado ao Parque das Nações Indígenas e rende um passeio completo, especialmente para famílias com crianças ou para quem quer um date fora do comum. E o melhor: o ingresso é gratuito.
Onde? Av. Afonso Pena, 6277 – Chácara Cachoeira
Quando? Terça-feira a sábado, das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h30; nos feriados, das 8h30 às 14h30
Quanto? Gratuito
Bioparque Pantanal Bioparque PantanalGoverno do Estado do MSDivulgaçãoBioparque Pantanala Campo Grande Cecília CarrilhoArquivo pessoalBioparque Pantanal Campo Grande Cecília CarrilhoArquivo pessoal
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