Embora ainda não exista cura para o Alzheimer, detectá-lo precocemente pode fazer uma grande diferença no tratamento e planejamento de cuidados.
Um novo estudo da Universidade da Califórnia, em Los Angeles (UCLA), analisou os registros médicos de 24.473 pessoas com Alzheimer e identificou quatro padrões distintos de evolução de problemas de saúde que costumam anteceder o diagnóstico da doença.
Esses padrões, chamados de “grupos de trajetórias”, representam sequências de condições médicas que aumentam o risco de desenvolvimento do Alzheimer.
Leia mais:
Novo estudo revela como o Alzheimer começa no cérebro
Nova era de medicamentos vai revolucionar combate ao Alzheimer
Olhar do Amanhã: o medicamento para retardar o Alzheimer
Quais são os quatro padrões:
Os quatro grupos identificados foram: saúde mental (como ansiedade e depressão), encefalopatia (deterioração cerebral progressiva), comprometimento cognitivo leve (declínio da capacidade mental) e doenças vasculares (hipertensão e problemas articulares, por exemplo).
Os pesquisadores usaram um método chamado “distorção temporal dinâmica” para identificar essas rotas e entender como diferentes condições se combinam ao longo do tempo.
Segundo o estudo, focar em trajetórias compostas por múltiplas etapas oferece uma avaliação de risco mais precisa do que observar doenças isoladas.
O modelo foi validado com outro banco de dados, contendo informações de mais de 8.500 pessoas, e mostrou forte associação entre essas trajetórias e o Alzheimer.
Mais ferramentas para conseguir diagnósticos precoces
Embora os padrões não impliquem causa direta, eles fornecem caminhos promissores para melhorar o diagnóstico precoce, avaliar riscos e orientar intervenções preventivas. A equipe agora pretende expandir o estudo para incluir outras formas de demência.
A pesquisa foi publicada na revista eBioMedicine.
O post Estudo identifica 4 padrões de saúde que podem prever o Alzheimer apareceu primeiro em Olhar Digital.