A vitamina D é um hormônio produzido naturalmente pelo corpo através da exposição ao sol. Ela regula a absorção de cálcio e fósforo, dois minerais essenciais para manter ossos e dentes fortes.
Estudos mostram que a vitamina D também está relacionada ao fortalecimento do sistema imunológico, ajudando na prevenção de infecções, e no equilíbrio emocional, com a diminuição de sintomas ligados à depressão.
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A carência de vitamina D pode se manifestar de forma sutil ou severa, e alguns sintomas são comuns em casos de deficiência, como cansaço frequente, fraqueza muscular, dores nos ossos e articulações e mudanças de humor.
Fatores que levam à deficiência de vitamina D
Falta de exposição solar: por passarem muito tempo em ambientes fechados, como escritórios ou residências, muitas pessoas não recebem a quantidade adequada de luz solar, que é a principal fonte de vitamina D.
Cor da pele: pessoas com pele mais escura têm maior quantidade de melanina, dificultando a produção de vitamina D na pele.
Localização geográfica: regiões com baixa incidência solar, especialmente no inverno ou com clima nublado frequente, dificultam a síntese da vitamina.
Idade avançada: idosos têm menos capacidade de produzir vitamina D pela pele e apresentam menor absorção intestinal também.
Obesidade: como a vitamina D é solúvel em gordura, ela pode ficar “presa” no tecido adiposo, dificultando sua liberação na circulação sanguínea.
Como repor a vitamina D de forma segura
A reposição natural da vitamina D pode ser feita de três formas: exposição solar controlada, consumo de alimentos ricos no nutriente e suplementação.
A primeira é a medida mais eficiente. Expor braços e pernas ao sol por 15 a 30 minutos diários, de preferência antes das 10h ou após as 16h, estimula a produção de vitamina na pele.
Embora seja mais complicado, é possível obter o nutriente através da dieta, consumindo alimentos como peixes gordurosos (salmão, atum e sardinha), gema de ovo, cogumelos (como maitake ou shiitake), leite e derivados. Em casos de níveis muito baixos do hormônio, a suplementação também é indicada.
“A vitamina D é lipossolúvel, ou seja, para sua absorção acontecer de forma adequada, ela deve ser consumida com fontes de gordura, como azeite de oliva ou óleo de coco”, ensinou a nutricionista Veridiana Sass, em entrevista anterior ao Metrópoles.
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Riscos da suplementação exagerada
A suplementação com vitamina D deve ser realizada com orientação médica. Em excesso, pode causar sintomas adversos como: intoxicação, calcificação nos rins e outros problemas no organismo.
“Ao contrário do que muitos pensam, apesar ela ser uma vitamina, não é inócua. Altas doses utilizadas por períodos longos podem desencadear elevação do cálcio no sangue, náusea, vômito, fraqueza, anorexia, desidratação e até insuficiência renal”, explicou o endocrinologista Carlos Andre Minanni, coordenador médico do check-up do Hospital Israelita Albert Einstein, em entrevista anterior ao Metrópoles.
Em situações extremas, podem ocorrer alterações neuropsiquiátricas, como confusão, psicose ou coma, além de pancreatite e arritmia com batimentos cardíacos lentos (bradiarritmia).
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