O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, não desistiu de convencer a Apple a transferir a produção de iPhones para o território norte-americano. No entanto, a empresa continua firme em seu plano de levar a fabricação dos dispositivos para a Índia.
O que comprova isso é o fato de as remessas de smartphones montados em território indiano e com destino aos EUA terem ultrapassado a produção chinesa pela primeira vez. Os dados são da Canalys, que fornece análises do mercado de tecnologia.
Produção indiana abastece mercado dos EUA
Segundo o levantamento, as exportações para os Estados Unidos de iPhones montados na China caíram de 61%, no segundo trimestre de 2024, para 25% no mesmo período deste ano. Em contrapartida, as remessas provenientes da Índia passaram de 13% para 44%.
Este movimento foi impulsionado pela mudança da cadeia de suprimentos da Apple diante das tarifas econômicas impostas pelo presidente Trump. A alternativa da big tech foi diminuir a produção chinesa e aumentar a sua capacidade de fabricação de iPhones em território indiano, que está sendo utilizada para abastecer o mercado dos EUA.
O relatório ainda mostra que as vendas de smartphones da Apple para os Estados Unidos caíram 11%. A empresa enviou 13,3 milhões de iPhones para o país entre abril e junho deste ano, contra 14,9 milhões de unidades exportadas no mesmo período de 2024. A explicação, sendo a Canalys, está na combinação de demanda antecipada, aumento da pressão econômica sobre os consumidores e aumento da concorrência nos segmentos de baixo e médio porte do mercado.
Apesar da queda nas remessas, a fabricante do iPhone seguiu sendo a principal fornecedora de smartphones nos EUA no segundo trimestre de 2025. A empresa detém uma participação de mercado de 49%, uma queda de 7% em relação aos 56% registrados no segundo trimestre de 2024.
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Outro exemplo da postura da Apple na China é a decisão de fechar uma de suas lojas no país.
O espaço fica na cidade de Dalian e será fechado no dia 9 de agosto.
Esta será a primeira vez que a big tech fecha uma de suas lojas desde o início das operações em território chinês, em 2008.
Segundo reportagem do The New York Times, a medida foi motivada pelas contínuas quedas nas vendas de iPhones na China.
No entanto, isso não significa que os mais de 7 milhões de habitantes da cidade ficarão sem os produtos da gigante da tecnologia.
A empresa prometeu manter as operações de sua outra loja em Dalian.
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