Como você vem acompanhando no Olhar Digital, a Meta está apostando alto em sua divisão de superinteligência artificial, com contratação de nomes importantes do setor de tecnologia e investimentos bilionários em data centers de IA. Mas a empresa não está lucrando imediatamente com isso.
A big tech vai divulgar os resultados financeiros do segundo trimestre deste ano na quarta-feira (30) e, segundo especialistas, já se prepara para números decepcionantes.
Meta investiu pesado na Super IA…
Em junho, a Meta anunciou a contratação do fundador da Scale AI, Alexandr Wang, para integrar a nova divisão de superinteligência da big tech. A empresa também se comprometeu a investir US$ 14,3 bilhões (quase R$ 80 bilhões) para ter uma participação de 49% na startup.
Desde então, a companhia está reforçando suas contratações – inclusive ‘roubando’ talentos de outras empresas de tecnologia, como OpenAI e Apple, com ofertas de bonificações milionárias.
No meio de julho, a Meta também anunciou investimentos bilionários para construir data centers capazes de impulsionar a Super IA. O Olhar Digital detalhou os planos da empresa neste link.
Mas não deve ter retorno financeiro tão cedo
Na quarta-feira, a Meta vai divulgar os resultados financeiros referentes aos meses de abril a junho – quando já havia começado a apostar na divisão da Super IA.
A big tech está ciente que grandes reformulações deste tipo são arriscadas e não dão resultado a curto prazo. Por exemplo, a divisão de realidade aumentada foi responsável por um gasto de mais de US$ 60 bilhões desde 2020 – e até agora não deslanchou completamente.
Diante disso, a Meta já se prepara para resultados decepcionantes. De acordo com a agência de notícias Reuters, a empresa deve registrar seu menor crescimento de lucro em dois anos, aumentando 11,5% (para US$ 15,01 bilhões), enquanto os custos operacionais aumentaram quase 9%.
O aumento esperado era de 14,7%, para US$ 44,80 bilhões, segundo estimativas medidas de analistas da LSEG.
Investidores continuam apoiando Super IA da Meta… mas há dúvidas
Não é só a Meta que apoia a divisão de Super IA:
Investidores seguem confinando na superinteligência da empresa, que espera criar uma tecnologia que supera humanos em todos os aspectos;
Essa expectativa já elevou as ações da Meta em mais de um quinto só neste ano;
Mesmo assim, é esperado que a big tech aumente ainda mais os gastos durante 2025, seguindo a tendência de outras empresas de tecnologia do setor (como a Alphabet, controladora do Google, que já divulgou seus resultados do segundo trimestre).
Mas há dúvidas. Uma delas é se, de fato, a Super IA almejada pela Meta e por outras desenvolvedoras realmente pode ser alcançada.
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Outra dúvida é em relação aos desafios regulatórios e de publicidade que a big tech vêm enfrentando. Por exemplo, a empresa já anunciou que vai encerrar os anúncios políticos na União Europeia, em resposta à regulação que exige mais transparência na região. E vale lembrar: os anúncios são uma das principais fontes de receita da Meta, o que pode diminuir os lucros nos próximos meses.
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