O exame que pode prever se você vai ter um infarto – e que você provavelmente não fez

O infarto é uma das principais causas de morte no Brasil, sendo responsável por cerca de 30% dos óbitos no país. Anualmente, estima-se que ocorram entre 300 mil e 400 mil casos em território brasileiro, com uma taxa de mortalidade de um a cada 5 a 7 ocorrências. 

A adoção de hábitos saudáveis, como alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos, controle do peso e não fumar, são fundamentais para a prevenção. Assim como a realização de um exame pouco conhecido.

Exame analisa quantidade de gordura acumulada nas artérias (Imagem: NPW-STUDIO/Shutterstock)

Varredura de cálcio produz imagem das artérias do paciente

Segundo reportagem do The New York Times, um teste de cálcio na artéria coronária pode fornecer uma estimativa mais precisa sobre o risco de infarto. O exame é feito através de uma tomografia computadorizada do coração, que avalia a quantidade de cálcio nas artérias coronárias.

Disponível no Brasil, a ferramenta mostra se há possibilidade de bloqueio do fluxo sanguíneo do paciente, o que auxilia na identificação do risco de doenças cardíacas. Ele funciona calculando as chances daquele indivíduo desenvolver a doença nos próximos 10 anos.

Teste calcula risco de infarto nos próximos anos (Imagem: shutterstock/Lightspring)

Caso o problema seja constatado, os médicos podem receitar o uso de estatina. Este medicamento atua principalmente na redução do colesterol LDL, mas também possui efeitos que podem beneficiar pacientes com doença arterial coronariana. Ele também é capaz de reduzir o risco de eventos cardiovasculares futuros. 

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Procedimento pode evitar aumento dos casos de infarto (Imagem: Shin Sang Eun/iStock)

Exame não deve ser realizado em todas as pessoas

Ainda de acordo com a reportagem, os procedimentos quadruplicaram entre 2006 e 2017 nos Estados Unidos.

E também têm conquistado mais espaço ao redor do mundo.

É importante destacar que o exame não deve ser realizado em todas as pessoas.

Ele destina-se apenas a pacientes assintomáticos selecionados, com idades entre 40 e 75 anos, que nunca tiveram um ataque cardíaco ou derrame e que ainda não estão tomando medicamentos para colesterol.

O principal objetivo do teste é entender se aquele indivíduo deve ou não tomar estatina.

Caso a pontuação do exame seja menor do que 5%, o medicamento não deve ser utilizado.

A faixa de 5% a 7,5% é considerada incerta, enquanto de 7,5% a 20% é considerado um risco intermediário, dependendo de avaliação específica de cada caso.

No entanto, se a pontuação ficar acima de 20%, não há dúvidas sobre a necessidade de tomar o remédio.

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