A turbulência severa em voos comerciais está se tornando mais frequente e intensa, impulsionada pelas mudanças climáticas.
Estima-se que esse tipo de turbulência, especialmente a de ar limpo — invisível a radares e satélites — tenha aumentado 55% desde 1979 e pode triplicar até 2050, segundo o cientista atmosférico Paul Williams.
Além de representar risco aos passageiros e tripulantes, a turbulência tem impacto econômico, causando danos às aeronaves, aumento no consumo de combustível e maior emissão de gases. Em resposta, cientistas e empresas estão desenvolvendo soluções tecnológicas para mitigar o problema.
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Soluções começam a surgir
A startup austríaca Turbulence Solutions criou pequenos “flaplets” que se adaptam dinamicamente ao fluxo de ar, reduzindo em até 80% o impacto sentido a bordo.
Paralelamente, pesquisadores como Ricardo Vinuesa, do Instituto Real de Tecnologia KTH, estão aplicando inteligência artificial para prever e reagir à turbulência com mais precisão, utilizando simulações numéricas e jatos de ar controlados por IA.
Outras abordagens incluem sensores Lidar para mapear o ar em 3D e microfones capazes de detectar turbulência a longas distâncias. No entanto, limitações técnicas e custos ainda dificultam a adoção em larga escala.
As informações são da BBC.
Dados públicos para passageiros
Hoje, cerca de 75% da turbulência é prevista com precisão. Iniciativas como o Turbulence Aware, da IATA, e apps como o Turbli democratizam o acesso a esses dados, oferecendo mais transparência aos passageiros.
Combinando sensores, IA e novos designs, a aviação busca enfrentar um desafio que só tende a crescer.
O post Turbulências estão ficando mais fortes e comuns – e a culpa é nossa apareceu primeiro em Olhar Digital.