O CEO da Meta, Mark Zuckerberg, compartilhou sua visão para o futuro da inteligência artificial (IA) nesta quarta-feira (30). O que ele vislumbra? Uma IA superinteligente e personalizada para todos.
Zuckerberg vislumbra que todos tenham acesso a uma ferramenta de IA que “ajude você a alcançar seus objetivos, criar o que deseja ver no mundo, viver qualquer aventura, ser um amigo melhor para as pessoas de quem você gosta e se desenvolver para se tornar a pessoa que aspira ser”. É o que ele escreve numa postagem no site da Meta.
Superinteligência artificial é outro termo para inteligência artificial geral, ou AGI (na sigla em inglês). É um tipo de IA que iguala ou supera a inteligência humana em diversas tarefas. E é o que big techs correm para desenvolver.
‘Desenvolver uma superinteligência já está no horizonte’, diz CEO da Meta
“O progresso ainda é lento, mas inegável”, escreveu Zuckerberg sobre os avanços da IA. “Desenvolver uma superinteligência já está no horizonte.”
O CEO também criticou sutilmente os objetivos de concorrentes da Meta no setor de IA. Na postagem, ele escreveu que a meta da sua big tech “é distinta da de outros no setor, que acreditam que a superinteligência deve ser centralmente direcionada para automatizar todo o trabalho valioso, e então a humanidade viverá de uma espécie de renda gerada por isso.”
Dose de contexto: O CEO da OpenAI (desenvolvedora do ChatGPT), Sam Altman, disse acreditar que a IA poderá substituir muitos empregos e eventualmente levar a uma forma de renda básica universal.
Além disso, Zuckerberg manteve sua posição otimista em relação aos óculos inteligentes. O CEO escreveu que, acima de tudo, os “dispositivos computacionais primários” da humanidade serão aparelhos pessoais como os óculos. Em outras palavras, ele acredita que óculos inteligentes serão os próximos smartphones da humanidade.
Por fim, ele incluiu um alerta sobre o cuidado que as empresas devem ter ao decidir o que tornar de código aberto. Zuckerberg apontou que a natureza dos modelos abertos facilita a superação das proteções embutidas, o que pode levá-los a ações perigosas em grande escala.
Isso sinalizou uma mudança na estratégia da Meta em relação à abertura de seus modelos de IA. Historicamente, a Meta buscou se diferenciar de concorrentes como OpenAI e Google por meio da abertura de seus modelos Llama. Mas agora parece reconsiderar essa abordagem.
Mudança ocorre em meio a pressões para competir com modelos como o GPT-4, da OpenAI, e após investimentos pesados da Meta em IA.
“O restante desta década provavelmente será o período decisivo para determinar o caminho que essa tecnologia tomará”, escreveu o CEO da Meta. “E se a superinteligência será uma ferramenta de empoderamento pessoal ou uma força focada em substituir grandes partes da sociedade.”
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“Estamos obviamente focados em usar IA para ajudar engenheiros [de software] em seu trabalho diário, então não é surpresa que estejamos testando como oferecer essas ferramentas também aos candidatos durante as entrevistas”, disse um porta-voz da Meta ao site.
Esse é o indício mais recente de que gigantes do Vale do Silício incentivam engenheiros de software a utilizarem IA em seu trabalho. Também sinaliza uma mudança mais ampla rumo à contratação de profissionais adeptos do “vibe-coding” – programar usando IA.
Saiba mais nesta matéria do Olhar Digital.
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