O terremoto que atingiu a costa leste da Rússia na noite desta terça-feira (29), madrugada de quarta (30) na Europa, foi um dos dez mais fortes já registrados. Segundo o Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês), o tremor teve magnitude 8,8.
O abalo aconteceu no extremo leste do território russo. Esta região faz parte do chamado Círculo de Fogo do Pacífico, a maior zona sísmica do mundo e onde, em média, é identificado um terremoto a cada cinco minutos.
Abalos secundários e ondas gigantes também foram registradas
O epicentro do tremor foi a cerca de 125 km a sudeste da cidade de Petropavlovsk-Kamchatsky, que possui 165 mil habitantes e está localizada na Baía de Avancha, extremo leste russo.
A profundidade foi de 19,3 km, algo considerado raso.
O Serviço Geofísico da Academia de Ciências da Rússia informou que esse foi o terremoto mais forte registrado na região desde 1952.
A Península de Kamtchatka possui cerca de 1,25 mil km de extensão e fica entre o Oceano Pacífico e o Mar de Okhtosk.
O tremor foi seguido de abalos secundários de 6,3 e 6,9 graus, respectivamente.
Ainda há poucas informações sobre os danos provocados pelo sismo, mas o governador regional de Kamtchatka, Vladimir Solodov, confirmou que a infraestrutura foi danificada e que há dezenas de feridos.
Além disso, ondas de até quatro metros foram registradas na costa do território russo e em algumas partes do Japão e do Havaí.
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Círculo de Fogo do Pacífico é conhecido pela intensa atividade sísmica
Apesar do nome, a região tem forma de ferradura e se estende por 40 mil quilômetros, circundando o Oceano Pacífico. Trata-se de uma zona de intensa atividade sísmica e vulcânica que vai desde o sul da América do Sul, passa pela costa oeste da América do Norte, cruza o Estreito de Bering e chega ao Japão e à Nova Zelândia.
O Círculo de Fogo do Pacífico é formado pelo encontro de várias placas tectônicas e que estão em constante movimento. Quando colidem, elas se separam ou deslizam umas sobre as outras, liberando energia. É isso que causa terremotos e erupções vulcânicas, por exemplo.
O local concentra 75% dos vulcões do mundo. No total, são cerca de 450, entre ativos e adormecidos. Além disso, a região é responsável por 90% dos terremotos do mundo, sendo a maioria dos mais potentes já registrados acontecendo justamente nesta área.
O Círculo de Fogo do Pacífico ainda abriga fossas oceânicas profundas, como a Fossa das Marianas. E inclui grandes cadeias montanhosas, como a Cordilheira dos Andes e o Monte Fuji. Por conta disso, é um dos locais mais estudados da atualidade, além de ser um dos mais perigosos.
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