A Nvidia está no centro da disputa entre Estados Unidos e China. Nos últimos dias, a empresa recebeu sinal verde da Casa Branca para retomar a venda de chips para Pequim. A liberação ocorreu após uma série de encontros entre Donald Trump e Jensen Huang, CEO da companhia.
A boa notícia, no entanto, agora foi ofuscada por uma decisão do governo chinês. O órgão regulador nacional de segurança cibernética do país anunciou a abertura de uma investigação contra a gigante da tecnologia.
Pequim quer saber se os produtos representam riscos de segurança
Segundo a Reuters, as autoridades da China querem entender se os chips H20, da Nvidia, representam riscos de segurança para o país. Estes modelos foram criados especialmente para atender o mercado chinês.
A empresa de Huang terá que explicar possíveis vulnerabilidades do produto. Uma das preocupações é em relação a funções de rastreamento e geolocalização exigidas pelo governo dos Estados Unidos para liberar as vendas dos produtos.
Além disso, Pequim quer saber se os dispositivos contam com um sistema de desligamento remoto. Esta funcionalidade permitiria simplesmente desativar os chips, tornando eles obsoletos. A Nvidia não se pronunciou oficialmente sobre a abertura da investigação.
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A retomada das vendas dos chips da Nvidia para a China aconteceu após uma reunião do CEO da empresa com Trump.
Huang já havia se manifestado publicamente contra os controles de exportação dos EUA.
Segundo ele, a proibição das vendas é prejudicial até mesmo para os interesses dos Estados Unidos, uma vez que incentiva a indústria doméstica de outros países, em especial da própria China.
Neste sentido, a Nvidia vinha tentando se equilibrar entre as duas principais potências globais.
De um lado, garantindo que vai realizar novos investimentos em território norte-americano.
E de outro, tentando manter sua participação no mercado chinês.
A preocupação agora é que a investigação de Pequim prejudique as exportações dos chips para o país.
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