‘Mega relâmpago’: raio mais longo do mundo teve 829 km de comprimento

Após anos de análise, a Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou nesta quinta-feira (31) que um raio registrado durante uma tempestade nos Estados Unidos, em outubro de 2017, foi o mais longo da história. Ele cruzou o céu entre o leste do Texas e a região de Kansas City, no Missouri.

Segundo o órgão, o fenômeno atingiu impressionantes 829 km de comprimento, o equivalente a uma viagem entre Paris, na França, e Veneza, na Itália. Foram 61 km a mais do que o recorde anterior, também registrado nos EUA, em 2020.

Raio de 829 km cruzou o céu entre o Texas e a região de Kansas City (Imagem: reprodução/Organização Meteorológica Mundial)

Raio caiu em uma região conhecida por tempestades intensas e prolongadas

Segundo a equipe da OMM, essa descarga elétrica foi detectada com a ajuda de satélites meteorológicos de última geração. Os equipamentos permitiram revisar os dados da tempestade mesmo anos depois do ocorrido.

Os cientistas explicam que os raios “comuns” duram menos de um segundo e se estendem por até 16 km. Já o mega relâmpago aconteceu dentro de um sistema de nuvens gigantes nas Grandes Planícies dos EUA, uma região conhecida por tempestades intensas e prolongadas.

Descarga elétrica foi identificada por satélites de última geração (Imagem: Henrik A. Jonsson/Shutterstock)

Ainda de acordo com a Organização Meteorológica Mundial, “esse novo recorde mostra como a natureza ainda guarda fenômenos impressionantes e como os avanços tecnológicos ajudam a observá-los com mais precisão”. As informações são do G1.

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Fenômenos do tipo são uma ameaça real

Os pesquisadores da OMM alertam que relâmpagos como esse representam riscos reais para a população.

Eles destacam que os fenômenos “são uma ameaça à aviação, podem causar incêndios e colocam vidas em risco”.

Dessa forma, defendem a necessidade de investir em uma estratégia global de alertas precoces.

A entidade também já identificou outros recordes relacionados aos raios.

O mais duradouro, por exemplo, teve 17 segundos e foi registrado na América do Sul, em 2020.

Já o mais mortal foi identificado em 1994 e deixou 469 vítimas após um raio atingir tanques de combustível e causar um grande incêndio.

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