A OpenAI anunciou, nesta quinta-feira (31), que a Noruega vai ter um data center para inteligência artificial (IA) com a marca Stargate. Esta é sua primeira incursão na Europa com esse tipo de projeto.
A empresa britânica Nscale será responsável por projetar e construir o local como parte de uma joint venture (50-50) com a empresa norueguesa de infraestrutura energética Aker.
A OpenAI vai ser uma “off-taker” no projeto. Isto é, vai comprar capacidade do data center.
“Parte do objetivo deste projeto é fazer parceria com a OpenAI e aproveitar a capacidade de computação soberana europeia para lançar serviços e recursos adicionais no continente europeu”, disse o CEO da Nscale, Josh Payne, à CNBC.
Como vai ser o data center Stargate anunciado pela OpenAI para a Noruega
O data center Stargate na Noruega deverá contar com 100 mil GPUs da Nvidia até o fim de 2026, com planos de expansão nos anos seguintes, segundo comunicado publicado pela OpenAI.
O projeto será abastecido exclusivamente por energia renovável e terá capacidade de 230 megawatts, o que o torna um dos maiores da Europa.
As GPUs da Nvidia foram escolhidas por sua eficiência em lidar com grandes cargas de trabalho com IA envolvida. A essa altura, são o padrão para esse tipo de infraestrutura.
O data center vai ficar em Kvandal, perto de Narvik, no norte da Noruega. É uma região com bastante energia hidrelétrica e pouca demanda elétrica local.
A Nscale e a Aker investiram cerca de US$ 1 bilhão (R$ 5,6 bilhões, aproximadamente) cada na fase inicial de 20 megawatts do projeto.
No entanto, o CEO da Nscale não revelou como a empresa financiará o projeto nem os benefícios financeiros esperados.
‘Projetaço’ dos EUA
O projeto Stargate foi lançado pela administração de Donald Trump, nos Estados Unidos, no final de janeiro de 2025.
É uma colaboração entre OpenAI (EUA), Oracle (EUA), SoftBank (Japão) e MGX (Emirados Árabes Unidos);
O plano é investir US$ 500 bilhões (quase R$ 3 trilhões) em infraestrutura para IA ao longo de quatro anos;
A instalação na Noruega representa a primeira grande expansão para a Europa.
Esse movimento ocorre em meio a uma crescente ênfase da União Europeia no conceito de “IA soberana”. Ele exige que dados e operações de IA sejam mantidos em solo europeu.
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Já estamos vivendo a terceira fase da IA generativa
A inteligência artificial já é uma realidade para milhões de pessoas ao redor do mundo. Pode até não parecer, especialmente em função do rápido aperfeiçoamento da tecnologia, mas já entramos na terceira fase da IA generativa.
Primeiro vieram os chatbots, seguidos pelos chamados assistentes. Agora começamos a ver a atuação dos agentes, ferramentas com maior autonomia, que podem trabalhar em “equipe” e realizar tarefas cada vez mais complexas.
Saiba mais nesta matéria do Olhar Digital.
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