Conheça Olire, o ‘Ozempic’ brasileiro

As primeiras canetas injetáveis nacionais para o tratamento da obesidade e do diabetes tipo 2 começaram a ser vendidas nesta semana. Desenvolvidas pela farmacêutica EMS, as canetas Olire e Lirux chegam com a promessa de ampliar o acesso aos tratamentos que vêm ganhando popularidade nos últimos anos. Não por acaso, esses novos medicamentos já estão sendo apelidados de ‘Ozempic’ brasileiro, por serem alternativas nacionais a versões importadas como o Saxenda e o Victoza, da Novo Nordisk.

A chegada dessas novas opções representa um marco importante. Até então, pacientes dependiam de produtos importados, muitas vezes inacessíveis devido ao preço elevado. Agora, com a produção nacional aprovada pela Anvisa, a expectativa é que o custo seja mais atrativo e que mais pessoas consigam iniciar o tratamento com acompanhamento médico adequado.

Como funcionam Olire e Lirux?

Tanto o ‘Ozempic’ brasileiro quanto os medicamentos originais utilizam o mesmo princípio ativo: a liraglutida. Esse composto atua regulando a glicose e reduzindo o apetite, sendo eficaz tanto no controle do diabetes tipo 2 quanto na perda de peso. A principal diferença entre os dois lançamentos está na dosagem: a caneta Olire foi desenvolvida para o tratamento da obesidade, enquanto o Lirux é destinado ao diabetes.

A aplicação é simples e deve ser feita uma vez ao dia, diretamente na coxa, no abdômen ou no braço. A escolha da dose, no entanto, precisa ser orientada por um profissional de saúde. Inclusive, desde junho, a compra desses medicamentos exige a retenção da receita médica para garantir o uso seguro.

Além disso, a EMS destaca que a Olire pode ser utilizada por pacientes a partir dos 12 anos. Já o Lirux está liberado para maiores de 10 anos. Essas faixas etárias ampliam ainda mais o acesso ao tratamento, especialmente para jovens com obesidade ou diabetes diagnosticado precocemente.

Preços e onde encontrar o ‘Ozempic’ brasileiro

Nesta primeira fase de lançamento, a EMS distribuiu cerca de 100 mil canetas Olire e 50 mil Lirux em farmácias das regiões Sul e Sudeste do país. As redes participantes incluem Raia, Drogasil, Drogaria São Paulo e Pacheco, tanto nas lojas físicas quanto nos sites.

Os preços variam conforme a embalagem:

Olire com 1 caneta: R$ 307,26
Lirux com 2 canetas: R$ 507,07
Olire com 3 canetas: R$ 760,61

Segundo a farmacêutica, a meta é disponibilizar 250 mil unidades até o final de 2025 e alcançar meio milhão até agosto de 2026. Portanto, ainda neste ano, consumidores de outras regiões também devem ter acesso ao produto.

Acompanhamento médico é indispensável

Mesmo com o entusiasmo em torno do ‘Ozempic’ brasileiro, é essencial lembrar que a automedicação não é recomendada. A liraglutida pode causar efeitos colaterais, como náuseas e desconfortos gastrointestinais, especialmente no início do tratamento. Além disso, o uso incorreto pode comprometer os resultados esperados.

Por isso, antes de iniciar qualquer tratamento com canetas injetáveis, nacionais ou importadas, é preciso buscar orientação médica. Com o apoio de um profissional, é possível ajustar a dose de forma personalizada e acompanhar a evolução de forma segura e eficaz.

Resumo: As canetas Olire e Lirux marcam a estreia do ‘Ozempic’ brasileiro no mercado. Produzidas pela EMS, tratam obesidade e diabetes tipo 2 e já estão à venda nas regiões Sul e Sudeste. Com preços mais acessíveis, visam ampliar o acesso ao tratamento, mas exigem prescrição e acompanhamento médico.

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