O Departamento de Saúde da Flórida, nos Estados Unidos, confirmou na segunda-feira (4/8) que 21 pessoas ficaram doentes após consumirem leite cru contaminado. Destas, sete precisaram ser hospitalizadas e duas delas estavam em estado grave. Entre os afetados, estão seis crianças menores de 10 anos.
Todos foram contaminados após consumir o alimento não-pasteurizado vindo de uma mesma fazenda. Eles tiveram infecções pelas bactérias Campylobacter e E. coli. O hábito de tomar leite cru é criticado por autoridades de saúde globalmente.
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Os pacientes com casos mais graves desenvolveram a síndrome hemolítico-urêmica (SHU). A condição provoca destruição de glóbulos vermelhos e pode causar insuficiência renal. Os demais apresentaram apenas sintomas como vômito, febre e dor abdominal. Casos graves de desidratação também foram relatados entre os hospitalizados.
Especialistas alertam que a ausência de pasteurização torna a bebida um risco. O processo térmico de aquecimento rápido elimina microrganismos sem alterar significativamente o valor nutricional do produto.
Riscos do consumo de leite cru
Na Flórida, a venda do alimento cru para consumo humano é proibida. O produto, porém, pode ser comercializado como alimento para animais. Usando esta brecha, muitos consumidores passaram a beber leite cru alegando terem reduções de alergias com a prática, o que não é comprovado nem apoiado por médicos.
O boletim do governo da Flórida alerta para os riscos. “O leite cru pode conter ainda bactérias como a Listeria e Salmonella. Essas infecções são associadas a quadros de diarreia intensa, febre alta e, em casos mais graves, septicemia”, diz o texto.
O hábito de consumir leite cru foi um dos causadores da disseminação de gripe aviária pelos EUA no ano passado. Uma criança ficou gravemente doente em dezembro após contrair a H5N1 a partir da ingestão de leite contaminado.
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