Colesterol bom e ruim: entenda a diferença

Você com certeza já ouviu falar sobre colesterol bom e colesterol ruim, mas talvez ainda tenha dúvidas sobre o papel de cada um no nosso organismo. De forma simples, o colesterol é uma substância gordurosa essencial para o funcionamento do corpo. No entanto, quando está em excesso, pode causar sérios problemas de saúde, como infarto e acidente vascular cerebral (AVC).

A endocrinologista Giovanna Prianca, do Seconci-SP (Serviço Social da Construção), explica que o colesterol se divide em dois tipos principais: “O LDL, conhecido como colesterol ruim, pode causar o acúmulo de placas de gordura nas artérias. Já o HDL, o colesterol bom, tem a função de remover esse excesso de gordura da corrente sanguínea e levá-lo ao fígado, onde será eliminado”, esclarece.

Colesterol alto é silencioso, mas perigoso

Uma das grandes armadilhas do colesterol alto é o fato de ele não apresentar sintomas. “A pessoa pode conviver com o problema por anos sem saber. Por isso, o acompanhamento médico e a realização de exames de sangue são fundamentais”, alerta a médica.

Quando há aumento do LDL e uma queda nos níveis de HDL, ocorre o que os especialistas chamam de dislipidemia – ou seja, excesso de colesterol ruim no sangue. Com o tempo, isso pode estreitar ou até bloquear artérias, aumentando o risco de eventos graves, como infarto e AVC.

Como prevenir o colesterol ruim

Felizmente, é possível prevenir o excesso de colesterol ruim com mudanças simples, mas consistentes, na rotina. Uma alimentação equilibrada é o primeiro passo. “Prefira frutas, legumes, verduras, grãos integrais, peixes e alimentos ricos em gorduras boas, como abacate, castanhas e ovos”, orienta a endocrinologista.

Comer bem, manter o corpo ativo e fazer exames regularmente são passos essenciais para equilibrar os níveis de colesterol – Crédito: FreePik

Além disso, é importante evitar o consumo exagerado de carnes vermelhas, pele de frango, frituras, embutidos, alimentos ultraprocessados e produtos ricos em gordura trans, como bolachas e biscoitos recheados.

Hábitos saudáveis fazem toda a diferença

Praticar atividades físicas regularmente ajuda não só a controlar os níveis de colesterol, como também favorece o controle de outras condições, como pressão alta e diabetes. E não para por aí: o tabagismo também está na lista dos vilões. “As substâncias presentes no cigarro danificam os vasos sanguíneos, diminuem o HDL e aumentam o LDL”, reforça Prianca.

Ou seja, parar de fumar, mover o corpo e cuidar da alimentação não são apenas conselhos genéricos – são atitudes que, de fato, salvam vidas.

Segundo o Ministério da Saúde, as doenças cardiovasculares são a principal causa de morte no Brasil, com cerca de 210 mil óbitos por ano. E os dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS) apontam que cerca de 14% da população adulta brasileira já recebeu diagnóstico de colesterol alto.

Esses números mostram que cuidar do coração não é algo que podemos deixar para depois. Por isso, manter os níveis de colesterol sob controle é essencial, especialmente a partir dos 35 anos.

O papel dos exames de rotina

Os exames laboratoriais são a única forma de saber como estão os níveis de colesterol no sangue. Por isso, mesmo que você se sinta bem, consulte seu médico regularmente. Se o resultado indicar alterações, o profissional poderá recomendar mudanças no estilo de vida e, se necessário, uso de medicação.

Vale lembrar: quanto mais cedo o problema é identificado, maiores são as chances de evitar complicações futuras. Afinal, prevenir é sempre melhor do que remediar.

Resumo: O equilíbrio entre o colesterol bom e ruim é fundamental para proteger o coração. Adotar uma rotina saudável, com boa alimentação, exercícios e acompanhamento médico regular, pode fazer toda a diferença. Mesmo sem sintomas, o colesterol alto é perigoso — por isso, não negligencie seus exames.

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