O que será do SEO nos próximos anos? Será que vai morrer?

No começo da internet muitos especialistas diziam que, para uma empresa existir, era preciso estar on-line. Há uns 20 anos, essa frase mudou para: se você não estiver no Google, está morto. Isso significava, e ainda significa, que é necessário adotar algumas estratégias de SEO para tornar sua página legível e relevante para os mecanismos de busca. Ou, se preferir, é possível pagar para aparecer no topo da página, mas essa é outra história.

A estratégia de SEO ainda é fundamental para alcançar o topo da página no Google. Crédito: Pexels

E é exatamente o SEO que faz com que sua página seja rastreada e consiga alcançar bons resultados na busca. E, para atender suas regras que, basicamente, tudo o que você lê na internet tem um formato específico, desde título, imagens, links e quantidade de palavras.

Fazendo também que a maioria do conteúdo disponível na internet tenha um formato muito parecido, escrito unicamente para aparecer no topo da página de pesquisa.

Tudo ia muito bem, mas aí surgiu a IA generativa

Mas, então, o ChatGPT surgiu para revolucionar o mundo da busca por respostas mais diretas – apesar de nem sempre acertar. Para não ficar para trás, o Google também passou a gerar respostas baseadas em IA bem no topo de sua página. Exatamente o lugar que todo mundo sempre quis ver sua empresa. E isso deixou claro que uma revolução estava começando a acontecer.

Na verdade, o monopólio do SEO como conhecemos pode estar terminando, mas não na velocidade que muitas pessoas acreditam. O Google, ainda, domina as buscas on-line, com 83,54% das pesquisas, com o YouTube respondendo por 6,79% e o ChatGPT um pouco mais atrás, com 4,33% da preferência dos usuários.

E, segundo o site Semrush isso não deve mudar por alguns motivos:

O Google ainda é responsável por processar bilhões de solicitações de pesquisa diariamente.

As ferramentas de IA dependem do conteúdo criado por humanos para treinar suas respostas.

O Google não parou no tempo e está integrando a inteligência artificial aos seus resultados.

No entanto, as mudanças implementadas na busca do Google impactaram muitas empresas, que perderam tráfego de forma significativa, enquanto outras, como o artigo do Semrush mostra, “ainda consideram o SEO extremamente valioso”.

O SEO não está morto, mas em processo de evolução

Por esse motivo que não é possível afirmar que o SEO irá desaparecer. Para especialistas em SEO no mercado, o futuro será de adaptação para um novo tempo.

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Muitos SEOs não aceitam que as coisas estão mudando. Os chatbots mantêm os usuários na plataforma até que tenham uma resposta satisfatória e, se for informativa, eles podem nem visitar o site.

Aleyda Solis, CEO da consultoria espanhola Orainti, em entrevista ao site Intelligencer.

Então por que muitas pessoas afirmam que o SEO está morto?

Alguns fatores pesaram para essa visão, a começar pelas mudanças nos algoritmos do Google. Essas mudanças implementadas afetaram muitas páginas relevantes e com conteúdo de qualidade.

O ChatGPT representa apenas 4,33% da preferência dos usuários, enquanto o Google alcança 83,54% das respostas.Crédito: RKY Photo/Shutterstock

As respostas rápidas geradas pela IA do próprio Google, que aparecem no topo da página, também contribuíram. Ao mesmo tempo em que torna a resposta mais rápida, para os profissionais de SEO, isso pode impactar negativamente na visualização das páginas, já que muitos usuários encontraram a resposta que desejavam sem precisar clicar em algum link.

Mas é necessário enxergar essa mudança como uma oportunidade. Enquanto algumas das respostas apresentadas pela IA são superficiais, páginas com conteúdo de alta qualidade podem ser beneficiadas e alcançar maior visibilidade.

O SEO não acabou, mas conheça o GEO

Na verdade, toda essa movimentação tem conexão com a mudança no comportamento do usuário, que recorre cada vez mais a plataformas como o ChatGPT, tornando suas consultas mais complexas. Isso irá exigir a otimização dos mecanismos generativos (também conhecido como GEO).

O GEO ajudará os editores a estruturarem seu conteúdo para ser mais facilmente aprendido pelos sistemas de IA generativa. Crédito: tadamichi/Shutterstock

Com o GEO, cabe aos editores estruturarem seu conteúdo para que ele seja facilmente compreendido e aprendido pelos sistemas de IA generativa, como o próprio Google AI, evitando textos muitos prolixos e tornando-os mais claros e diretos.

Descobri que, quando se trata de IA, as listas se saem bem em sites de nicho. Eles procuram conteúdo especializado. Se eu conseguir montar um documento fácil de rastrear, eles vão encontrar a fonte.

Tim Worstell, chefe de estratégia digital da empresa de marketing Adogy, em entrevista ao Intelligencer.

Se essas mudanças estão impactando no mercado de SEO, elas abrem um mundo de oportunidades para o GEO. Ou seja, assim como já foi decretado em outras oportunidades, o SEO não está morto, mas precisa evoluir e se adaptar para atender às necessidades dos usuários.

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