Melhor pegar o guarda-chuva: vai chover! A chuva é parte essencial da vida na Terra e do funcionamento do ciclo da água, algo que aprendemos desde cedo na escola.
No entanto, mesmo sendo um fenômeno tão presente no nosso dia a dia, ainda há muitos detalhes curiosos e surpreendentes sobre ela que talvez você não saiba, ou, se já aprendeu, talvez não lembre.
A seguir, reunimos cinco fatos fascinantes sobre a chuva para você ver esse fenômeno climático com outros olhos.
Veja 5 fatos curiosos e surpreendentes sobre a chuva
A chuva acontece quando o vapor d’água se condensa nas nuvens e se transforma em gotas, que se tornam pesadas o suficiente para cair em direção ao solo. Durante essa queda, ocorrem fenômenos físicos e químicos que influenciam o formato, o cheiro e até mesmo o formato dessas gotas. Vamos conhecer mais?
O cheiro da chuva e o formato das gotas
Você já sentiu aquele cheiro, que para muito é agradável, depois da chuva e se perguntou de onde ele vem? Esse aroma tem nome: petrichor. Ele é causado por uma substância chamada geosmina, produzida por bactérias do solo. Quando as gotas de chuva tocam o chão, liberam bolhas de ar que espalham essa fragrância pelo ambiente.
E sobre o formato das gotas? Ao contrário do que mostram desenhos animados ou ilustrações, as gotas não têm formato de lágrima. No alto das nuvens, elas começam esféricas. Conforme caem, a resistência do ar achata a parte inferior, fazendo com que fiquem parecidas com bolas de futebol americano ou um pão de hambúrguer.
Chuva ácida: fenômeno preocupante
Nem toda chuva é benéfica. A chamada chuva ácida ocorre quando o vapor d’água se mistura com poluentes como dióxido de enxofre e óxidos de nitrogênio, formando ácidos que caem junto com a precipitação. Essa chuva pode danificar plantações, solo, lagos e até construções, além de afetar a saúde humana.
Na Terra, a chuva ácida é provocada principalmente pela queima de combustíveis fósseis. Curiosamente, em Vênus também ocorre um tipo de chuva ácida, formada naturalmente por ácido sulfúrico. Entretanto, no planeta vizinho, ela é muito mais corrosiva e não chega a tocar o solo, evaporando na atmosfera.
Chuva fantasma: quando ela desaparece no ar
Existe um tipo de chuva que não chega ao chão. Conhecida como virga ou chuva fantasma, esse fenômeno acontece quando as gotas evaporam durante a queda, geralmente em locais muito secos ou com temperaturas elevadas.
Apesar de invisível ao toque, ela pode ser vista à distância como fios ou trilhas caindo das nuvens, que desaparecem antes de tocar o solo. O fenômeno é comum em desertos e também pode ocorrer em altitudes elevadas com ar rarefeito.
Chuvas extremas: da mais longa à mais forte
Você sabia que já choveu por 881 dias consecutivos? Isso aconteceu em Honomu Maki, na ilha de Oahu, no Havaí, entre 1913 e 1916. Esse é o período mais longo de chuva contínua já registrado na história recente. No entanto, ele não é o mais extenso de todos os tempos.
O recorde absoluto pertence ao chamado Episódio Pluvial Carniano, que ocorreu há cerca de 232 a 234 milhões de anos, ou seja, quase 2 milhões de anos! Ela ocorreu durante um período de intensas mudanças climáticas. Essa fase foi marcada por chuvas fortes e prolongadas que duraram milhões de anos, sendo considerada um dos eventos climáticos mais significativos da história da Terra.
Já a chuva mais intensa registrada em um único minuto ocorreu em Unionville, nos Estados Unidos, em 1956, com 31,2 mm de precipitação em apenas 60 segundos.
Em contraste, o lugar mais seco do planeta é o Deserto do Atacama, no Chile. Algumas áreas dessa região não registram chuvas há séculos, e sua aridez extrema faz com que o local seja frequentemente comparado à superfície de Marte.
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Chuvas no Brasil: extremos tropicais
O Brasil é um país com grande diversidade climática e registra altos volumes de chuva em diversas regiões. A cidade mais chuvosa é Belém (PA), com cerca de 2.500 mm de chuva por ano, graças ao clima equatorial úmido. Outras capitais como São Luís, Recife e Manaus também têm médias elevadas.
O recorde nacional de precipitação aconteceu em fevereiro de 2023, no litoral norte de São Paulo, com 683 mm de chuva acumulada em dois dias, provocando deslizamentos e enchentes.
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