Com pico na madrugada desta terça-feira (12), a chuva de meteoros Perseidas está ativa desde o dia 17 de julho e deve terminar em 24 de agosto. Esse fenômeno ocorre enquanto a Terra passa pelo caminho das partículas do cometa 109P/Swift-Tuttle, na constelação de Perseus.
Aqui no Brasil, a vista não é tão espetacular quanto nos países do hemisfério norte, mas é possível testemunhar alguns rastros luminosos após a 1h30 da manhã (horário de Brasília), especialmente nas regiões norte e nordeste. A chuva permanece ativa até o amanhecer, por volta das 6h, quando seu ponto radiante está mais alto no céu. Assim, as melhores exibições, para todo o país, ocorrem pouco antes desse horário (a partir das 3h30).
No seu auge, espera-se que a chuva produza uma taxa nominal – também chamada de taxa de hora zenithal (ZHR) – de cerca de 100 meteoros por hora. No entanto, esse número é calculado assumindo um céu absolutamente escuro, com o radiante situado no zênite (ponto mais elevado no céu, acima das nossas cabeças).
Animação mostra Terra passando pelo caminho das partículas do cometa 109P/Swift-Tuttle, na constelação de Perseus. Crédito: Ian Webster; Dados: NASA, CAMS, Peter Jenniskens (Instituto SETI)
Como no Brasil, o radiante dessa chuva não se eleva muito no céu (Perseus é uma constelação do Hemisfério Norte), e como as condições ideais são quase impossíveis de se combinarem entre si, o número de meteoros que os observadores provavelmente verão será, portanto, bem menor do que isso.
Lua cheia pode atrapalhar o espetáculo
De acordo com Marcelo Zurita, colunista do Olhar Digital, presidente da Associação Paraibana de Astronomia (APA) e diretor técnico da BRAMON, a fase da Lua na noite de pico pode dificultar a observação dos meteoros Perseidas. ““É importante não criarmos muita expectativa sobre a visão de uma chuva que, geralmente, decepciona os observadores no Brasil. Com a lua cheia, a visibilidade é reduzida para até 25% do número estimado para cada localidade”.
Segundo o especialista, a recomendação é procurar olhar na direção oposta à Lua, onde o seu brilho tem menor influência e ofusca menos os meteoros mais tênues. “Neste caso, então, o ideal seria olhar na direção leste, sempre dando preferência às regiões mais desobstruídas e mais escuras do céu”.
Chuva de meteoros Perseidas registrada sobre o Poloniny Dark Sky Park, na Eslováquia, em 2023. Crédito: Petr Horálek – APOD/NASA
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Orientações para assistir à chuva de meteoros Perseidas
Zurita ressalta que uma chuva de meteoros é um espetáculo astronômico dos mais democráticos. “Pode ser observada por qualquer pessoa que tenha uma visão razoável e acesso a algum pedaço de céu. Não precisa de telescópios, câmeras nem qualquer equipamento especial. Basta ter disposição para perder algumas horas de sono e olhar para o céu”.
Um app de observação, como Stellarium, Star Walk ou Sky Safari, pode ajudar a encontrar a constelação de Perseus. Certifique-se de direcionar seu olhar para constelações próximas, e não diretamente para ela, pois meteoros mais próximos do radiante têm trilhas mais curtas e são mais difíceis de detectar.
Não perca essa oportunidade de ver lindas “estrelas cadentes” no céu e, como manda a tradição, fazer seus pedidos! Boa sorte!
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