Já imaginou se fosse possível diminuir o tempo de uma viagem de avião quase que pela metade? Isso pode acontecer em um futuro próximo. O governo dos Estados Unidos suspendeu uma proibição contra voos supersônicos comerciais vigente desde 1973.
A medida pode reduzir o tempo de viagem entre Nova York e Los Angeles de 6 horas para 3h30, por exemplo. A nova ordem executiva , emitida em 6 de junho, também estabelece um cronograma para a introdução de regras de certificação baseadas em ruído para voos supersônicos.
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Atualmente, os voos supersônicos têm liberação apenas para cruzar o oceano Atlântico. A Administração Federal de Aviação dos EUA (FAA, na sigla em inglês) impôs a restrição devido à pressão pública sobre preocupações com ruídos, visto que essas aeronaves produzem sons ensurdecedores, capazes de estilhaçar janelas quando passam próximo ao nível do solo.
Antes das proibições mundiais, França, Reino Unido e União Soviética também estavam na disputa por novas tecnologias para avançar na aviação comercial supersônica. Com o novo decreto, os Estados Unidos esperam sair na liderança.
Plano para implementação de voos supersônicos nos EUA
3 de dezembro de 2025: data-limite para revogar completamente a proibição de voos supersônicos.
6 de dezembro de 2026: prazo para definir padrões de certificação de ruído, que serão exigidos para qualquer aeronave supersônica operar comercialmente nos EUA.
6 de junho de 2027: prazo para implementação final das novas regras.
Concorrência entre as empresas
Duas empresas norte-americanas disputam a ponta pela criação de voos supersônicos comerciais: a Boom Supersonic e a Lockheed Martin. A primeira criou uma aeronave que pode voar acima de 9,1 mil metros, atingindo Mach 1 — considerada a velocidade supersônica — sem produzir sons incômodos através de um fenômeno conhecido como corte de Mach.
O teste realizado pelo avião da Boom Supersonic, em janeiro, conseguiu dissipar os estrondos sônicos para cima antes de atingir o solo.
Atualmente, os aviões supersônicos só podem sobrevoar sobre os oceanos
Já a Lockheed Martin projeta o jato supersônico X-59. Os motores da aeronave são posicionados na parte superior da fuselagem, auxiliando na limitação das ondas de choque e ruído antes que cheguem ao solo. A empresa tem parceria de pesquisa com a Nasa.
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