Um ousado plano científico sugere que, dentro de um século, poderíamos enviar uma pequena espaçonave do tamanho de um clipe de papel até um buraco negro próximo, usando tecnologia de laser.
A proposta, liderada pelo astrofísico Cosimo Bambi, foi publicada no periódico IScience em 7 de agosto e traz uma sugestão futurista para investigar os limites da relatividade geral e os mistérios que cercam os buracos negros.
Em termos gerais, um buraco negro é uma região do espaço-tempo em que a gravidade é tão forte que nada, nem mesmo a luz, consegue escapar para a região exterior.
Leia também
Astronautas registram tempestade de raios do espaço. Veja imagem
Como seria ter um bebê no espaço? Especialista investiga riscos
Qual é o menu? Saiba como é a alimentação dos astronautas no espaço
China lança nave ao espaço para estudar pedaço de asteroide
O conceito da pesquisa envolve o desenvolvimento de “nanonaves” extremamente leves (de apenas alguns gramas), equipadas com velas de luz e microchips. Esses dispositivos seriam impulsionados por lasers potentes da Terra, atingindo até um terço da velocidade da luz.
Dessa forma, uma sonda poderia chegar a um buraco negro situado a cerca de 20 a 25 anos-luz em aproximadamente 70 anos, com os dados retornando à Terra duas décadas depois, totalizando uma missão que demoraria entre 80 e 100 anos.
Atualmente, essa tecnologia está além da nossa capacidade. Segundo Cismo, seriam necessários pelo menos 3 trilhões de euros para construir o sistema de laser. Ele acredita que, dentro de 20 a 30 anos, avanços tecnológicos e redução de custos podem tornar o projeto viável.
Siga a editoria de Saúde e Ciência no Instagram e fique por dentro de tudo sobre o assunto!