Volta às aulas: como evitar (e tratar) piolhos

Com o início do semestre letivo, também cresce a atenção dos pais para um velho conhecido: o piolho. Essa infestação, comum em ambientes escolares, encontra ambiente fértil entre crianças, que passam grande parte do tempo em contato próximo nas brincadeiras e compartilhando objetos pessoais.

O principal sintoma é a coceira intensa, especialmente na nuca e atrás das orelhas. Outros sinais incluem descamação, pequenas ínguas e pontos brancos grudados nos fios. Muitas vezes, é mais fácil encontrar as lêndeas do que o inseto em si. Para confirmar a presença, use um pente fino sobre uma toalha clara e observe se surgem piolhos ou ovos.

Como funciona o ciclo de vida do piolho

Existem quase três mil espécies de piolho, mas apenas três afetam humanos. No caso da pediculose da cabeça, o ciclo é rápido: cada fêmea põe até dez ovos por dia. Em cerca de uma semana, as lêndeas se transformam em ninfas, que, após nove a doze dias, chegam à fase adulta e reiniciam o processo.

Esse desenvolvimento é ainda mais acelerado no verão, época em que muitas escolas retomam as aulas, facilitando a transmissão. Por isso, a infestação pode se espalhar rapidamente se não for tratada de forma adequada.

Como tratar o piolho humano de forma segura

O combate a esse pequeno inimigo deve começar apenas quando há infestação ativa. A primeira etapa é o uso do pente fino desde a raiz dos cabelos para retirar piolhos e lêndeas. Loções e cremes com permetrina ou deltametrina são indicados para a maioria das pessoas, mas, para crianças menores de cinco anos, os médicos podem recomendar fórmulas específicas, como as com enxofre, evitando riscos à saúde. Por isso, nesses casos, o ideal é buscar atendimento pediátrico. 

Saiba como identificar, tratar e prevenir o piolho – Crédito: FreePik

Receitas caseiras, como a mistura de água e vinagre em partes iguais, podem ajudar a soltar as lêndeas, mas não substituem a orientação médica. É importante repetir a aplicação do tratamento após sete dias para garantir que os ovos remanescentes sejam eliminados.

No ambiente escolar, a comunicação entre pais, professores e direção é indispensável. Avisar sobre casos detectados ajuda a adotar medidas rápidas e coletivas, evitando que o surto aumente.

Prevenção: como evitar que os piolhos voltem

Prevenir é essencial para impedir novas infestações. Evite compartilhar pentes, escovas, bonés, chapéus, travesseiros e prendedores de cabelo. No caso de crianças, oriente-as a evitar o contato cabeça com cabeça durante as brincadeiras, e, se possível, mantenha os cabelos presos em ambientes de risco.

Se alguém da família ou da escola apresentar sinais, todos os contatos próximos devem ser verificados e tratados, se necessário. Campanhas informativas em escolas ajudam a alertar os pais e reduzir o risco de novos surtos, especialmente nos primeiros meses do ano letivo.

Lembre-se: o piolho humano não está ligado à falta de higiene ou à condição socioeconômica. Qualquer pessoa pode receber essa visita inconveniente, independentemente da idade ou classe social.

Resumo: No retorno às aulas, os casos de piolho humano costumam aumentar, principalmente em crianças. Saber identificar, tratar e prevenir é a melhor forma de evitar que a infestação se espalhe e volte a ocorrer.

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