Dois anos e meio depois do escândalo contábil na Bolsa brasileira, a Americanas ainda enfrenta dificuldades para pagar despesas, inclusive os aluguéis de suas lojas. A varejista pediu reduções nos valores das unidades em capitais do Nordeste e do Sudeste. E conseguiu o desconto em três delas.
Isso porque o fundo imobiliário Max Retail aceitou reduzir de 41% a 58% o aluguel de imóveis da Americanas em Vitória, Belém e Maceió. O desconto, válido por um ano, deve aliviar o caixa da empresa em quase R$ 1,6 milhão no período.
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Grande parte das receitas do Max Retail vem da locação de lojas para a Americanas. EM relatório recente, o fundo alegou que a empresa não tem feito manutenção adequada dos imóveis.
“A iniciativa da renegociação partiu da dificuldade financeira apresentada pela locatária, e a decisão da classe em conceder descontos temporários visa, por mera liberalidade, evitar a rescisão dos contratos e fomentar a continuidade das atividades empresariais da locatária nos imóveis”, afirmou o fundo, em nota enviada ao jornal O Globo.
Americanas: negociação acontece em áreas desvalorizadas
Em comunicado, a Americanas informou que possui cerca de 1,5 mil lojas físicas e que, dessas, apenas cinco são de propriedade do fundo Max Capital. Esclareceu ainda que as manutenções citadas são obras estruturais, responsabilidade do proprietário, e que isso já foi registrado em aditivo contratual.
Também disse que a negociação busca atualizar os aluguéis de acordo com a desvalorização dos pontos comerciais, causada pelo baixo fluxo de consumidores. A varejista citou o exemplo de loja instalada há mais de 30 anos em área que perdeu relevância no comércio de Maceió, capital de Alagoas.
A Americanas afirmou estar cumprindo o processo de recuperação judicial e que o plano de transformação tem avançado positivamente, com resultados divulgados trimestralmente ao mercado.
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