Desde que o governo dos Estados Unidos autorizou a retomada das vendas da Nvidia para a China, no mês de julho, as principais empresas de tecnologia chinesas encomendaram pelo menos 700 mil chips H20. Pequim, no entanto, não está feliz com o cenário.
As autoridades do país asiático têm orientado as companhias estatais e privadas a evitarem a compra dos processadores, especialmente em aplicações ligadas à administração pública e segurança nacional. Mas o que está por trás dessa postura?
Pequim manifestou uma série de preocupações
O governo da China reclama das restrições impostas pelos EUA para negociação de chips de inteligência artificial. O H20, por exemplo, é a única versão da Nvidia que pode ser comercializada com Pequim. O problema é que o produto não é avançado o suficiente para treinar grandes modelos de IA.
Por outro lado, as autoridades chinesas também estão preocupadas em se tornarem muito dependentes da tecnologia dos Estados Unidos. Por conta disso, o país investiu pesado na indústria doméstica. E agora não quer que as empresas simplesmente abandonem os chips chineses e voltem a ser clientes da Nvidia.
Ao mesmo tempo, Pequim manifestou preocupações em relação a funções de rastreamento e geolocalização exigidas pelo governo dos Estados Unidos para liberar as vendas dos produtos. Por conta disso, abriu uma investigação sobre os chips. Até que os trabalhos sejam finalizados, a recomendação é que as empresas chinesas não comprem os dispositivos.
Em resposta, a Nvidia afirmou que “o H20 não é um produto militar ou para infraestrutura governamental”. A gigante da tecnologia ainda destacou que proibir a venda de H20 na China seria prejudicial para todos os envolvidos. As informações são do The Wall Street Journal.
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A retomada das vendas dos chips da Nvidia para a China aconteceu após uma reunião do CEO da empresa com Trump.
Huang já havia se manifestado publicamente contra os controles de exportação dos EUA.
Segundo ele, a proibição das vendas é prejudicial até mesmo para os interesses dos Estados Unidos, uma vez que incentiva a indústria doméstica de outros países, em especial da própria China.
Neste sentido, a Nvidia vinha tentando se equilibrar entre as duas principais potências globais.
De um lado, garantindo que vai realizar novos investimentos em território norte-americano.
E de outro, tentando manter sua participação no mercado chinês.
A preocupação agora é que a investigação de Pequim prejudique as exportações dos chips para o país.
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