Frente ao “tarifaço” dos Estados Unidos aos produtos brasileiros, a Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) considera fundamentais as ações emergenciais divulgadas pelo governo Luiz Inácio Lula da Silva na quarta-feira, 13, para mitigar prejuízos imediatos ao setor produtivo nacional.
Entre as iniciativas, destacam-se linhas de crédito destinadas às empresas mais afetadas, postergação no recolhimento de tributos, incentivos por meio de compras públicas e suporte jurídico em tribunais dos EUA.
A Fecomercio avalia que essas medidas tendem a beneficiar especialmente a indústria, que, sem acesso ao mercado norte-americano, encontra dificuldades para redirecionar seus itens a outros destinos de forma rápida.
Risco de colapso para empresas brasileiras
Segundo a entidade, a impossibilidade de escoamento imediato desses produtos pode comprometer empresas e até regiões inteiras do país. Para a FecomercioSP, sem socorro rápido, muitos negócios correm risco de fechar as portas.
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Apesar de reconhecer a importância das medidas, a FecomercioSP reforça que o governo deve priorizar o diálogo e evitar conflitos diplomáticos com os EUA. “É mais relevante negociar com responsabilidade e moderação”, afirmou. Ainda foi destacado que apenas por meio de negociação as medidas, consideradas sem base econômica, podem ser revertidas.
A medida provisória do governo Lula contra o tarifaço
Nesta quarta-feira, 13, foi lançado o plano de contingência contra o tarifaço. A medida provisória com as ações foi assinada por Lula. Segundo o governo, o pacote, chamado de Plano Brasil Soberano, foi elaborado depois de reuniões internas e com representantes do setor produtivo.
O plano prevê apoio a empresas mais atingidas pela taxação, incluindo crédito de R$ 30 bilhões, compras governamentais de produtos não exportados e exigência de conteúdo nacional em mercadorias fabricadas no país.
De acordo com o Ministério da Fazenda, cerca de 45% das empresas que vendem para os EUA devem ser beneficiadas. Setores como celulose, aviação e suco de laranja ficaram isentos do aumento. Já áreas como carne e café receberam taxa adicional de 40% sobre a alíquota de 10% já existente, totalizando 50%, em vigor desde 6 de agosto.
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