As chinesas JAC, Chery e BYD já produzem seus veículos no Brasil. Quem está se juntando a este grupo é a GWM, que inaugurou nesta sexta-feira (15) sua primeira fábrica em solo brasileiro, mais precisamente
em Iracemápolis, no interior de São Paulo.
Enquanto isso, outras companhias do país, caso da Neta, Omoda & Jaecoo, GAC, Zeekre, SAIC, Leapmotor e Geely, estão presentes por aqui via importação. Mas não pense que esta “invasão” de carros da China acabou.
China está aumentando presença no mercado automotivo brasileiro
Outras quatro companhias chinesas se preparam para entrar no mercado brasileiro ainda em 2025.
São elas a Changan, FAW, Dongfeng e BAIC (já presente com os caminhões Foton).
Isso significa que, no total, 16 marcas de automóveis chinesas estarão circulando pelas ruas brasileiras até o fim deste ano, uma marca inédita.
Segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), os veículos leves chineses representaram 62,1% dos carros importados no Brasil no primeiro semestre de 2025.
Até julho deste ano, as três principais marcas da China (BYD, Chery e GWM) venderam 110.856 veículos, o que representa um aumento de 26,5% em comparação com o mesmo período do ano passado.
Em outras palavras, o trio já responde por mais de 10% do mercado.
Leia mais
Carro elétrico chinês chega ao Brasil com 5 estrelas em teste de segurança
Conheça as empresas chinesas que vão investir bilhões no Brasil
Marcas chinesas têm estratégia para o Brasil
Fatores internos e externos podem explicar esse avanço chinês no mercado brasileiro. A China enfrenta excesso de produção e busca novos mercados. Um movimento que se acentuou diante das barreiras tarifárias impostas por Estados Unidos e Europa.
A entrada dos veículos chineses é marcada por tecnologia, novidade, preço competitivo, eletrificação e design inovador. Além disso, o mercado brasileiro de elétricos e híbridos ainda é recente, o que favorece a aposta das marcas chinesas.
Milad Kalume Neto, diretor da consultoria K.LUME
Essa “invasão” desagrada outras empresas. Após pressão, a alíquota de importação, que era zero até 2024, subiu para cerca de 20% e deve chegar a 35% em 2027. Isso elevou os preços dos importados, mas a margem dos chineses ainda é alta.
Por outro lado, as marcas resolveram apostar na construção de fábricas dentro do território brasileiro. Essa estratégia aumenta a produção e diminui os custos, tornando as operações ainda mais vantajosas e elevando a concorrência.
O post Novas marcas de carros chinesas chegam ao Brasil ainda em 2025 apareceu primeiro em Olhar Digital.