O próximo eclipse solar total será um dos mais longos do século. Se você quiser observar o fenômeno, é bom se preparar com antecedência já que um outro evento desta magnitude só deve ocorrer de novo em 2114.
A previsão dos astrônomos é de que o fenômeno ocorra em 2 de agosto de 2027, quando a Lua ocultará o Sol por seis minutos e 23 segundos no seu ponto de ápice, no Egito. Ele também poderá ser visto em regiões da Europa, África e Oriente Médio.
O evento será um dos mais longos da história. No século 21, ele ficará atrás apenas do eclipse total de 2009, que atingiu 6 minutos e 39 segundos e só foi observável no Oceano Pacífico.
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Expedições estão sendo organizadas para a cidade de Luxor, no Egito, onde deve ocorrer o ápice do fenômeno. É raro que fenômenos naturais da magnitude deste próximo eclipse total ocorram em regiões urbanizadas, por isso o evento é bastante aguardado por astrônomos e turistas.
Além do tempo prolongado, a magnitude do fenômeno será de 1,079. Qualquer índice superior a 1 já revela uma cobertura total da luz solar. Esta magnitude só voltará a ser observada em um eclipse total, segundo informações da Nasa, no fenômeno de 2150.
O que é um eclipse?
Durante o fenômeno, a Lua bloqueia parcialmente os raios solares, projetando uma sombra sobre a Terra. Eclipses totais do Sol ocorrem, em média, a cada 18 meses em algum ponto do planeta. No entanto, para um local específico, o intervalo médio entre cada fenômeno é de 375 anos. Isso transforma cada ocorrência em um momento único.
Além dos eclipses totais, há os parciais, em que apenas parte do disco solar é coberto. Este fenômeno ocorre com maior frequência, com o próximo marcado para 21 de setembro deste ano. Até o eclipse total ocorrerão outros quatro fenômenos parciais.
Durante o eclipse, a Lua cobre o Sol, reduzindo sua luz
Caminho da escuridão
A total cobertura do Sol terá início sobre o Atlântico Leste e seguirá pelo Estreito de Gibraltar, passando por Espanha, Marrocos e Argélia. A faixa continuará pela Tunísia, Líbia e Egito, onde ocorrerá a fase mais longa.
Depois, o eclipse avançará para Arábia Saudita, Iêmen e Somália, além de ilhas no Oceano Índico. Cidades como Cádiz, Málaga, Tânger, Oran, Benghazi e Luxor estarão diretamente na rota da sombra.
O próximo eclipse total que deve passar por alguma área densamente habitada do Brasil só deve ocorrer em 16 de janeiro de 2075, quando áreas dos estados do Paraná, São Paulo e Minas Gerais ficarão completamente escuras por cerca de 2 minutos.
Impacto além da faixa total
Um eclipse solar parcial — quando a cobertura não é completa — será visível em grande parte da Europa, quase toda a África, Oriente Médio e regiões do sul da Ásia. Até mesmo localidades no leste do Canadá e da Groenlândia terão visão parcial do evento.
A importância científica do eclipse está no estudo da coroa solar, visível apenas durante a ocultação. Pesquisadores também poderão analisar variações atmosféricas e efeitos sobre a fauna e flora.
Para observadores leigos, o fenômeno representa experiência visual única. Por sua acessibilidade, a expectativa é que o eclipse de 2027 supere em público muitos dos anteriores. Será, segundo astrônomos, um momento raro em que ciência, turismo e cultura se encontram sob o mesmo céu.
Os observadores precisam ter atenção aos cuidados necessários ao acompanhar esses espetáculos celestes, como usar óculos especiais para este uso, com filtros solares certificados ou vidro de soldador com índice 14.
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