Assim como a arqueologia nos ajuda a entender a história de antigas civilizações a partir do estudo de ruínas, artefatos e prédios antigos de uma cidade, na arqueologia galáctica, os astrônomos fazem algo parecido, mas em vez de estudar cidades da Terra, estudam as galáxias.
Para isso, eles examinam as estrelas mais antigas e a sua distribuição, bem como a composição química delas, para entender como as galáxias cresceram, quais eventos e fusões ocorreram e como suas estruturas, como o halo, se formaram.
Essa abordagem nos permite “reconstruir” a história de uma galáxia, desde suas origens até o seu estado atual, de maneira similar à reconstrução da história de uma cidade a partir de seus achados arqueológicos.
A Galáxia Anã Esferoidal de Sagitário orbita a Via Láctea há bilhões de anos. Pesquisadores descobriram que as três colisões conhecidas entre esta galáxia anã e a Via Láctea desencadearam grandes episódios de formação estelar, um dos quais pode ter dado origem ao Sistema Solar – isso é arqueologia galáctica. Crédito: ESA
Cidadãos comuns podem contribuir com a arqueologia galáctica
O Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (22) vai abordar esse tema fascinante, em um bate-papo com a astrônoma Arianna Cortesi, explorando como o Universo, que no início era homogêneo, evoluiu para a formação de galáxias complexas e outras estruturas, a história da Via Láctea e como cidadãos comuns podem contribuir com essa ciência.
O Olhar Espcial desta sexta-feira (22) recebe Arianna Cortesi para um bate-papo sobre Arqueologia Galáctica. Crédito: Arquivo pessoal
Graduada na Universidade de Bolonha, Itália, ela é doutora na Universidade de Nottingham, Reino Unido, no Centro de Astronomia e Física de Partículas. Durante o doutorado, passou um ano como bolsista no Observatório Europeu do Sul (ESO) em Garching, Alemanha.
Com pós-doutorados no Reino Unido e na Austrália, mudou-se para o Brasil em 2013, onde obteve outros três: no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (IAG-USP), no Observatório do Valongo, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e no Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas. Atualmente, é professora no Instituto de Física da UFRJ.
Leia mais:
Galáxia congelada no tempo por sete bilhões de anos é um “dinossauro cósmico”
Pesquisa revela origem de estrelas com campos magnéticos mais fortes do Universo
Imagem do telescópio James Webb reúne milhares de galáxias do Universo antigo
Como assistir ao Programa Olhar Espacial
Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Bramon e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTube, Facebook, Instagram, X (antigo Twitter), LinkedIn e TikTok.
O post Arqueologia galáctica: entenda o estudo dos “fósseis cósmicos” no Olhar Espacial apareceu primeiro em Olhar Digital.