Com mercado de delivery aquecido, Rappi capta R$ 546 milhões

O Rappi anunciou uma de suas maiores operações de financiamento desde 2015, ano em que foi fundado na Colômbia. A empresa captou US$ 100 milhões (cerca de R$ 546 milhões) em um acordo com a gestora de crédito privado Kirkoswald e o Banco Santander

A empresa pretende investir em três frentes: estratégia de crescimento, refinanciamento e capital de giro para impulsionar sua expansão na América Latina. A linha de crédito está garantida pelos próximos quatro anos, segundo a Bloomberg.

Em 2021, a startup foi avaliada em US$ 5 bilhões (R$ 27,33 bilhões) (Imagem: Nelson Antoine/Shutterstock)

“Obter este tipo de respaldo no desafiador ambiente atual de captação de recursos para empresas em expansão reflete o compromisso de nossa equipe, assim como a confiança e visão compartilhada da Kirkoswald Private Credit e do Banco Santander para construir uma aliança inovadora”, disse Simon Borrego, cofundador e CEO do Rappi.

Rappi: startup em expansão

Nos últimos anos, a empresa colombiana levantou mais de US$ 2,4 bilhões (R$ 13,11 bilhões) em 13 rodadas de investimento em contratos fechados com Sequoia Capital, Andreessen Horowitz, T. Rowe Price, Y Combinator e SoftBank;

Em 2021, a startup foi avaliada em US$ 5 bilhões (cerca de R$ 27,33 bilhões);

Fundada em Bogotá (Colômbia), a startup começou como uma plataforma que conecta pequenos negócios com usuários próximos — e era promovido com a distribuição de donuts. Em poucos meses, a empresa expandiu e incorporou restaurantes, redes de alimentação, farmácias e supermercados;

Atualmente, o aplicativo está disponível na Argentina, Brasil, Colômbia, Chile, Costa Rica, Equador, México, Peru e Uruguai. Em 2023, a plataforma acumulava mais de 20 milhões de usuários ativos, com 180 mil parceiros ativos e 350 mil entregadores.

Pedidos de comida correspondem a apenas 20% das transações no aplicativo (Imagem: Antonio Salaverry/Shutterstock)

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Disputa acirrada

O mercado de delivery no Brasil ficou ainda mais aquecido desde o anúncio da chegada da chinesa Meituan, com o aplicativo Keeta, e dos planos de expansão da 99Food. A liderança, no entanto, ainda é ocupada pelo iFood, que controla mais de 80% do setor no país. 

O Rappi prometeu investir R$ 1,4 bilhão em ações no Brasil até 2028. Uma das medidas prevê a exclusão de taxas cobradas dos restaurantes parceiros — assim, o restaurante paga apenas custos com operações no cartão, como ocorre nos pontos físicos.

Atualmente, pedidos de comida correspondem a apenas 20% das transações no aplicativo. O objetivo é ampliar esse número, aumentando os atuais 30 mil restaurantes parceiros para 100 mil, transformando o delivery em uma porta de entrada para outros serviços oferecidos no “superapp”, de acordo com a Exame.

iFood lidera setor de entrega de comidas no Brasil (Imagem: Miguel Lagoa/Shutterstock)

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