Belize: o que fazer no paraíso centro-americano que fala inglês

Uma pequena faixa de terra entre México, Guatemala e o Mar do Caribe, Belize é um dos menores países da América Central – e, também, um dos mais esquecidos quando se pensa em uma viagem para essa parte do continente.

Mas, voltado para o Mar do Caribe e em meio a uma região pródiga em ruínas de civilizações pré-colombianas, essa pequena nação de pouco mais de 400 mil habitantes guarda uma série de belas surpresas para quem se dedica a desbravá-la.

Conheça um pouco mais sobre esse destino que só agora começa a entrar no radar de muitos viajantes.

Belize: um país de história diferente

Parte do que tornou os belizenhos um país menos lembrado na América Latina é a sua condição ambígua em relação aos vizinhos: apesar de compartilhar clima, território e etnias com regiões limítrofes de colonização hispânica, por lá a língua oficial é o inglês. De fato, essa parte da América Central era conhecida como “Honduras Britânica” até 1964 e, mesmo após a mudança de nome, seguiu como uma colônia do Reino Unido até o começo dos anos 1980.

Ambiguidade linguística marca história do país e até o próprio nome: “Belice” para os hispânicos, Belize na língua oficial, o inglêsMeritt Thomas/Unsplash

Com a imigração vinda dos países ao redor e a miscigenação com os povos originários, o espanhol e o créole belizenho se tornaram tão falados quanto o inglês, mas as características únicas permanecem até hoje. Belize ainda é parte da Commonwealth (é o único país centro-americano nessa condição) e, mesmo independente e com um parlamento próprio, mantém o rei Charles III como seu chefe de Estado oficial.

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O que fazer no Belize?

O domínio do inglês pela população local tornou o Belize um destino particularmente famoso entre os norte-americanos, mas ainda muito negligenciado por brasileiros e outros latinos, que preferem visitar os países de predomínio da cultura e língua espanhola. Mas não deixe a excepcionalidade belizenha tirar esse país do roteiro: belezas e história não faltam também por lá. Além disso, quem viaja do Brasil não precisa de visto, o que facilita a jornada.

O “Grande Buraco Azul” é o cartão-postal mais famoso do litoral do BelizeAgnes Lee/Unsplash

Se o interesse é pelas praias paradisíacas, basta se dirigir aos destinos banhados pelo Mar do Caribe. Um dos cartões-postais mais conhecidos do país é o Great Blue Hole, com um nome extremamente autodescritivo: uma gigantesca cratera circular marinha, intensamente azul, que chega a mais de 120 metros de profundidade – e outros 318 metros de diâmetro.

O Blue Hole, que pode ser acessado através de tours de barco, é parte da impressionante Barreira de Recifes do Belize. Com mais de 300 km de extensão, ela é parte de um sistema de corais considerado pela Unesco um Patrimônio da Humanidade, além de ser a segunda maior do planeta, atrás apenas da Grande Barreira de Corais da Austrália.

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Ao longo de toda essa reserva marinha, é possível se aventurar em mergulhos ou nado com snorkel para visualizar as maravilhas e a vida marinha embaixo d’água.

Além dos atrativos geológicos, como estalactites e estalagmites, “Caverna do Sepulcro de Cristal” guarda cerâmicas e até esqueleto do período maiaAntti T. Nissinen/Wikimedia Commons

Outros atrativos naturais muito cobiçados pelos viajantes que vão a Belize são as cavernas espalhadas pelo país. A mais famosa é a Actun Tunichil Muknal, também conhecida como a “Caverna do Sepulcro de Cristal”. É um lugar que mescla belezas geológicas com arqueologia: lá dentro, também é possível encontrar restos de cerâmica e ossos humanos do período maia. O acesso é feito por meio de visitas guiadas, com especialistas autorizados pelo governo local.

Por sinal, se a sua ideia é conhecer essa parte do continente pelo legado arqueológico, há muito mais do que cavernas. Belize também não fica devendo para os registros de ocupação humana encontrados em áreas limítrofes – como Tikal, na Guatemala, ou Chichen Itzá, na península mexicana de Yucatán. No país, o principal legado maia é o sítio arqueológico do Caracol, uma área de pirâmides erguidas há mais de 3 mil anos, a cerca de 80 km da capital Belmopan.

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Parte das ruínas maias do complexo arqueológico do CaracolDennis G. Jarvis/Wikimedia Commons

Outros resquícios da civilização maia que valem uma visita são o sítio de Lamanai, cujos templos mais altos proporcionam uma bela visão da floresta e do rio vizinho, e os templos de Altun Ha, que costumam ser muito visitados devido à proximidade com a Cidade do Belize, a 50 km dali.

Aliás, vale ficar atento: embora Belmopan seja a capital do país, a maior aglomeração urbana – e mais próxima do mar – é mesmo a Cidade do Belize, que acaba sendo o ponto de partida para muitos turistas. Ainda assim, é uma cidade pequena, como todas por lá: a população sequer chega a 70 mil pessoas.

Melhor época para visitar

Como ocorre em outros destinos caribenhos, a melhor época para visitar Belize costuma ser fugindo da temporada de furacões do Atlântico, que acaba afetando os países dessa região. Oficialmente, esse período dura de junho a novembro, então a melhor pedida é viajar para lá na chamada “época seca”, que vai de dezembro a maio.

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Um ponto de atenção é que o “período ideal” também é a alta temporada, quando os passeios mais concorridos ficam apinhados e os preços sobem. Também não é garantia de que uma viagem na época de furacões terá algum desastre – tudo depende muito da sorte, e há anos em que o país sai ileso.

Mas, na dúvida, é melhor evitar: mesmo que o grosso do estrago não atinja o Belize, qualquer tempestade tropical que passe por perto é garantia de muita chuva e passeios inviabilizados.

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